quinta-feira, 17 de abril de 2008

Edda Poética

A Edda Poética é a mais antiga das duas Eddas e por essa razão algumas vezes é chamada de Edda Velha (ou Edda Antiga. O ´´Velho´´ para nós não tem o tom pejorativo que normalmente lhe é atribuido). Também é chamada de Saemundar Edda, pois sua autoria foi erroneamente atribuida no passado a um poeta islandês muito conhecido que se chamava Saemund.

A Edda Poética é consposta de muitos poemas diferentes que foram colectados por uma pessoa cuja identidade desconhecemos provavlemente por volta de 1250 da Era Comum, ou Era cristã.

A Edda Poética pode ser dividida em duas seções, uma mítica e outra heróica.Infelizmente não temos nenhuma tradução da Edda Poética em português, apenas em inglês e espanhol. A razão disso é que a Edda é escrita em Old Norse, uma língua morta que deu origem as línguas escandinavas modernas, e não há cursos de Old Norse no Brasil, como há no exterior. Toda tradução feita para o português é traduzida normalmente do inglês e portanto é ainda menos confiável por ser uma tradução de uma tradução.

Oferecemos aqui os poemas em inglês, o mais recomendável é que, vocês mesmo leiam a tradução e lembrem-se: Uma tradução é muito melhor do que ouvir alguém contar uma história. As traduções para o inglês são boas sim e o material é muito extenso, portanto não se deixem enganar por quem quer contar a história do seu jeito.

  • Völuspá ou a ´Profecia da Vidente´. É onde o mito nórdico da criação é contado. Odhinn ressucita uma völva (vidente) e esta lhe conta sobre o início e o fim do mundo.
  • Havamal ou ´As Palavras do Altíssimo´. Conselhos sobre a vida cotidiana. Base comportamental do asatruar e de nossos ancestrais.
  • Vafþrúðnismál ou ´Os dizeres de Vafþrúðnir´. Odin tm uma disputa de sabedoria com um gigante.
  • Grimnismál ou ´Os dizeres de Grimnir´. Uma disputa de Frigg e Odin, cada um favorecendo um afilhado seu.
  • Skirnismál ou ´Os dizeres de Skirnir´. Freyr se apaixona pela giganta Gerd e manda seu servo Skirnir ir pedir sua mão.
  • Hárbarzljóð ou ´A fala de Harbard´. Thor e Odin competem num duelo de palavras.
  • Hýmiskviða ou ´A fala de Hymir´. Thor e Tyr tentam conseguir o caldeirão deAegir para que ele fermente cerveja na festa dos Deuses.
  • Lokasenna ou ´A zombaria de Loki´. Loki invade a festa dos Deuses no salão de Aegir e causa muita confusão.
  • Þrymskviða ou ´A fala de Thrym´. Thrym rouba o martelo de Thor e este se disfarça de mulher para recuperá-lo.
  • Alvíssmál ou ´Os dizeres de Alvis´. O anão Alvis discute com Thor pela mão de sua filha, Thrud.
  • Baldrs Draumar ou ´O sonho de Baldur´. Mais uma vez Odin ressucita uma völva para saber o futuro.
  • Rigsþula ou ´A canção de Rig´. Rig vai a Midgard e dá origem as classes sociais.
  • Hyndluljóð ou ´A fala de Hyndla´. Freyja ensina um afilhado seu sobre seus ancestrais.
  • Völuspá hin skamma ou ´A profecia curta da vidente´. Uma versão menor da Voluspa.

17 dos 23 poemas heróicos

Edda Poética original e em sueco

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Fadas


A fada é um ser mitológico, característico dos mitos célticos, anglo-saxões, germânicos e nórdicos.
Segundo Schoereder (s/d., p. 66), o nome fada "vem do latim fatum, que significa fado, destino. Dessa forma, acredita-se que elas intervêm de forma mágica no destino das pessoas."

As fadas também são conhecidas como sendo as fêmeas dos elfos. O termo incorporou-se a cultura ocidental a partir dos assim chamados "contos de fadas". Nesse tipo de história, a fada é representada de forma semelhante a versão clássica dos elfos de J.R.R. Tolkien, porém apresentando "asas de libélula" as costas e utilizando-se de uma "varinha de condão" para realizar encantamentos.
Dependendo da obra em que aparece, a fada pode ser retratada em estatura de uma mulher normal ou diminuta. No primeiro caso, temos a fada de Cinderela. Como exemplo da segunda representação podemos citar "Sininho", do clássico infantil "Peter Pan", de J. M. Barrie.

sábado, 29 de março de 2008

EXCALIBUR


Numa época distante em uma terra dividida por batalhas em busca de poder, surgiria o lendário rei Artur e a magnífica Excalibur: a espada encantada.

Nossa história tem início com o nascimento de Artur filho do rei Uther.

Uther, temendo pela segurança do filho, pede a Merlin, o mago, que leve Artur para a floresta e instrua-o em segredo, preparando-o para reinar.

O tempo passou, Artur tornou-se um jovem belo e sábio, Merlin viu que era a hora de revelar ao povo o novo rei pois Uther havia morrido e disputavam seu trono. Para que todos reconhecessem o escolhido, seria preciso emblema de glória e poder.

O mago pediu ajuda a Dama do Lago, uma poderosa fada das profundezas das águas deu-lhe Excalibur.

Excalibur era uma espada que brilhava como sol, penetrava a mais dura rocha e cortava qualquer metal. Uma espada mágica, criada para ser usada somente pelo escolhido, e cujo poder deveria servir somente ao Bem.

Merlin reuniu todos os nobres e o povo, e diante deles cravou a reluzente espada em uma rocha e declarou:

- O verdadeiro rei, o escolhido dos céus, será aquele que retirar Excalibur desta rocha.

Muitos tentaram, porém ela não se movia. Começarão então a realizar torneios em busca de um homem forte para remover a espada.

Vieram campeões de todas as partes, mas ninguém conseguia movê-la.

Um dia, surgiu o jovem Artur, ao lado de Merlin e com uma das mãos retirou facilmente a espada.

Os nobres ajoelharam-se e juraram fidelidade a Artur, menos Uryens que recusou aceitar o jovem como rei.

Artur avançou na direção de Uryens, entregou-lhe Excalibur nas mãos e ajoelhando-se diante dele disse:

- Se não acreditas que sou o rei escolhido mate-me, se não conseguires serve-me!

A espada começou a queimar nas mãos de Uryens, que não conseguia levantá-la contra Artur. Diante de tal milagre, o cavaleiro ajoelhou-se perante Artur e jurou servi-lo.

O jovem Artur revelou-se um rei corajoso, bondoso e justo. Ao lado de seus soldados lutou para unificar seu reino, e expulsar os povos invasores de suas terras.

Em um célebre dia, no acampamento de guerra comemorava-se a vitória, quando Artur olhou para seus cavaleiros e disse:

- Construiremos uma cidade onde nosso povo estará protegido e feliz. Faremos também uma enorme mesa redonda, onde meus fiéis cavaleiros se reunirão comigo e lembraremos nossas vitórias.

Surgiu então a mais rica cidade: Camelot, com um imponente castelo adornado de ouro e prata. E a famosa Távola Redonda onde cavaleiros como Leondegranc, Urynes, Kai, Percival, Borns, Galahad e o campeão do rei: Lancelot, juntamente com Artur faziam as leis.

Para os cavaleiros seus deveres eram : defender os fracos, proteger a honra do rei e rainha, e guardar suas vidas a segurança de Camelot. Artu foi um rei justo e bom, amado por todos. Casou-se com Guinevere, a mais bela donzela do reino. Viveram em paz e prosperidade por muitos anos.

Mas o invejoso Modret, sobrinho do rei ZArtu, reuniu uum exército para tomar o trono.

O rei Artu, chamou seus cavaleiros e foi para a batalha. Com a poderosa Excalibur derrotou MOdrest, porém no auge da luta foi gravemente ferido.

Artur vendo que estava chegando a sua hora de morrer, chamou seu fiel cavaleiro Lancelot e ordenou:

- Leve Excalibur para a Dama do Lago, esta espada só poderá ressurgir quando vier o novo escolhido.

Lancelot cumpriu a vontade do rei, cavalgou até o lago, e lá estava a fada esperando pela espada.

Ele lançou-a no ar e a fada apanhando Excalibur desapareceu nas águas.

Quando Lancelot retornou para o local da batalha, pôde , ver o corpo do rei Artur sendo levado em um barco por quatro fadas para Avalon, para seu descanso final.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

ASSÍRIOS

Como a maioria dos povos que reinaram no antigo Oriente Médio, os Assírios, primeiramente um povo de camponeses e guerreiros rudes, tiveram a justiça amplamente baseada no código promulgado no século XVIII a.C., pelo rei Hamurabi, da Babilônia.

A Assíria era essencialmente uma nação de servos que viviam presos à terra que cultivavam; eles podiam ser vendidos juntamente com a propriedade. Deviam obediência à vila mais próxima. Esta, por sua vez, estava presa à cidade pela obrigação de pagar impostos, participar nos festivais religiosos e obedecer os mandatos administrativos. As cidades - dentre as quais as principais eram Assur, Nínive, Erbil e Nimrod - estavam sob a autoridade do rei.

O rei assírio possuía poder absoluto sobre todos os aspectos do governo - econômico, diplomático, político, militar e religioso. Embora reconhecido como humano, acreditava-se que fosse um enviado dos deuses, em especial Assur, a divindade principal. Por isso, o monarca vivia distanciado dos outros mortais: só o superintendente do palácio tinha acesso regular a sua presença. Até mesmo o príncipe herdeiro só tinha permissão para uma audiência se os preságios fossem considerados favoráveis; aos de fora, vendavam-se-lhes os olhos quando iam à presença do soberano. Para o rei, não era tarefa fácil manter satisfeitos os deuses. Estava constantemente submetido a rituais árduos como jejuar e ficar isolado durante uma semana numa cabana de junco verde. Às vezes, os augúrios indicavam que os deuses estavam terrivelmente descontentes. O pior sinal era um eclipse, lunar ou solar, pois supunha-se que pressagiava a morte do monarca. Nesses casos, o rei abdicava do trono temporariamente em favor de um suplente, que assumia a responsabilidade pelo que houvesse irritado os deuses. Depois de cem dias, o rei retornava e tanto o substituto como sua esposa eram executados, supostamente para dar aos deuses a morte do rei como foi predita.

A agressão militar era legitimada pela religião assíria: conquistar era a missão divina dos reis. Além da característica de conquistadores, os assírios eram violentos e costumavam vangloriar-se dos atos sangrentos, faziam do terror e da atrocidade instrumentos de política externa. Antes mesmo de tornarem-se os mais poderosos do oriente, num exemplo precoce do terror que se tornaria marca registrada dos assírios, um soberano chamado Salmanasar I, que reinou de 1274 a 1245 a.C., levou para Assíria, como escravos, 14 mil soldados inimigos derrotados - mas tratou de assegurar-se, antes de tudo, de que seriam dóceis; para isso, cegou-os.

O fiho de Salmanasar I, Tukulti-Nunurta I, cujo reinado começou em 1244 a.C., expandiu o territórrio dos assírios que, a época, já era de mais de 30 mil metros quadrados, que iam dos contrafortes dos Zagros até o Eufrades. Tukulti-Nunurta I escarvizou e levou para Assur, presos com pesadas correntes de cobre no pescoço, os reis de Nairi que comandavam as tribos que viviam nos Zagros, pois estas durante muitos anos vinham atacando a fronteira nordestes da Assíria. Tempos depois esses reis tiveram permissão para voltar para casa como vassalos.

Quando o rei babilônico Kashtiliash resolveu atacar a Assíria, Tukulti-Nunurta venceu o exército babilônico, capturou o atrevido Kashtiliash e, em suas próprias palavras: "pisei com meus pés em seu pescoço real como se estivesse pisando em um estribo". A Babilônia foi saqueada e Tukulti-Ninurta se auto-proclamou seu novo rei. Daí a influência da sofisticada cultura babilônica aumentou.

Quando mais tarde a Babilônia revoltou-se com êxito, acreditou-se em altos círculos assírios que os deuses pilhados anteriormente estavam demonstrando sua ira contra as iniquidades de Tukulti-Ninurta. E assim, de acordo com uma crônica, o rei assírio, que "tinha colocado sua mão maldosa sobre a Babilônia", teve um triste fim: "Seu filho e os nobres da Assíria, rebelaram-se contra ele e arrancaram-no do trono. Aprisionaram-no e mataram-no com uma espada".

Os Assírios

O povo assírio viveu na antiga Mesopotâmia, região compreendida entre os rios Tigre e Eufrates. Sua capital, nos anos mais prósperos, foi Nínive, numa região que hoje pertence ao Iraque. O Império assírio abrange o período de 1700 a 610 a.C. , mais de mil anos.

Os assírios eram ferozes guerreiros e usavam sua grande força militar para expandir seu Império. Libertando-se dos sumérios, conquistaram grande parte do seu território, mas logo caíram em poder dos babilônios, um povo que morava ao Sul da Mesopotâmia. Em 1240 a.C, empreenderam a conquista da Babilônia, e a partir daí começaram a alargar as fronteiras do seu Império até atingirem o Egito, no norte da África. O Império Assírio conheceu seu período de maior glória e prosperidade durante o reinado de Assurbanipal (até 630 a.C). Cobravam pesados impostos dos povos vencidos, o que os levava a revoltarem-se continuamente.

Ainda no reinado de Assurbanipal, já os babilônios se libertaram (em 626 a.C.) e capturaram Ninive. Com a morte de Assurbanipal, a decadência do Império Assírio se acentuou, e em 610 a.C. a última de suas cidades caiu em poder dos invasores.

A escrita dos assírios constituía-se de pequenas cunhas feitas com um estilete em tabuletas de argila — é a chamada escrita cuneiforme. Descobriram-se milhares de tabule­tas na biblioteca de Assurbanipal em Ninive, conhecendo-se grande parte da história do Império Assírio a partir de sua leitura.

Os palácios de Nínive são cobertos de es­culturas em baixo-relevo, representando cenas de batalha e da vida dos assírios. Também por eles sabemos muito da história desse grande Império do passado

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