segunda-feira, 29 de outubro de 2007

MITOLOGIA GREGA E ROMANA

Os homens criam seus mitos, seus deuses, inconscientemente refletindo sua própria natureza interior, acrescentando a eles a imortalidade.
Os deuses e heróis que aparecem nas mitologias refletem o modo de pensar e agir dos povos que os criam.
A mitologia mais rica registrada, que chegou até nossa cultura, sem dúvida nenhuma é a da Grécia. Porém, com a dominação dos romanos sobre os gregos, os mitos destes povos se misturaram, em função da semelhança entre alguns deles, o que é natural, visto que o inconsciente é coletivo, diferindo apenas nos costumes de cada região, em função de sua geografia, clima e história de ocupação territorial.
Neste trabalho, procurei unir os vários mitos numa seqüência genealógica, pois o tempo na mitologia é irreal, visto que no relato do nascimento de um deus, aparece personagens que ainda não existiriam se considerarmos a genealogia cronológica. Exemplo típico se dá no caso do nascimento da Vênus, quando seu pai Urano foi castrado por Saturno, os testículos caíram no oceano e o sêmen fecundou Gaia, a Terra, gerando mais um ser. Imediatamente emergiu numa concha, a bela Vênus que é levada ao Olimpo pelas deusas chamadas Horas, que seriam geradas pelo romance de Júpiter, que ainda não havia nascido, com a deusa Prudência.
Neste sentido a Mitologia pode ser comparado ao inconsciente que é considerado atemporal na Psicanálise.
Muitas são as variantes das lendas e com a mistura dos povos, ampliou-se as origens dos mitos. Neste trabalho, segui uma seqüência que explique melhor os mecanismos humanos, centrando a atenção nos deuses principais destacados no gráfico a seguir pelo tamanho das letras do nome latino e sua moldura.
Quem desejar se aprimorar no conhecimento da Mitologia, encontrará muitos autores trazendo sequências diferentes, como no caso da difícil tarefa de encontrar a paternidade de Marte, que não foi citado em vários dos autores que pesquisei.
AS HISTÓRIAS DOS DEUSES DO OLIMPO
No princípio tudo era o Caos. Este é considerado o deus primordial da Mitologia.
Tudo existia, porém não havia ordem. A fonte de todas as coisas pairava latente em sua natureza. Em um determinado instante uma ordem se manifestou e surgiu então a primeira divindade concreta: Gaia, a Terra.
Esta por sua vez, aproveitando o material disponível no Caos, fez surgir para sua companhia o Céu, Urano, que passa a fecundá-la todas as noites, gerando inúmeros filhos. Os Titãs: Oceano, Hiperíon, Crio, Coio, Jápeto e Cronos; e as Titanides: Téia, Tétis, Têmis, Rea, Febe e Mnimosine. Em seguida nasceram desta união os Ciclópes, chamados Arges, Brontés e Esteropés, divindades dos relâmpagos, dos trovões e dos raios. Finalmente nasceram os Hecatônquiros, gigantes violentos de cem braços: Briareu, Coto e Gies.
Estes últimos odiavam seu pai que os mantinham presos no Tártaro, nas profundezas da Terra, longe da luz, por não gostar de suas criações monstruosas.
Gaia, que desejava curtir sua maternidade, induziu seus filhos a vingarem-se por ela, oferecendo uma foice que confeccionara. Cronos, Saturno, seu filho mais novo dos Titãs, aceitou a responsabilidade de castrar o seu pai, interrompendo assim sua fecundidade.
Urano representa a potencialidade criativa do ser humano, porém, quando manifestada de forma impaciente, o resultado não é apreciado, pois o tempo é importante no aprimoramento de uma idéia. Uma simbologia parecida é encontrado no personagem de Walt Disney, o Professor Pardal, que possui montes de invenções não aprimoradas e entulhadas em um canto (escuro).
Este tempo é simbolizado por Saturno, que assume a função de interromper o fluxo de criatividade, permitindo que as criações possam se desenvolver e aprimorar-se.
Aproveitando a aproximação de Urano quando este vem se deitar sobre Gaia, Saturno corta-lhe os testículos e liberta seus irmãos. O sangue saído do ferimento caiu sobre Gaia e a fecundou, dando origem às Fúrias ou Eríneas, aos Gigantes e às ninfas, seres da natureza que habitam e cuidam das árvores, das águas e etc.
Os testículos de Urano caíram no Oceano, Netuno, e o sêmen fecunda mais uma vez Gaia surgindo das águas marinhas Vênus, numa concha e é levada até o Olimpo pelas deusas chamadas Horas, que a vestiram e a enfeitaram, tornando-a a deusa mais admirada por sua beleza.
Saturno torna-se assim, um reflexo das castrações humanas provocadas pelo tempo que nos impele ao amadurecimento de forma dura e definitiva, obrigando-nos a deixar surgir as nossa imperfeições e permitir o desenvolvimento de nossas belezas.
Desejando manter-se no trono dos deuses ocupado após vencer o seu pai e com medo de sofrer uma traição idêntica ao que impôs ao seu progenitor, prendeu seus irmãos de outras linhagens no Tártaro, casando-se com sua irmã Titã Cibele, Rea, que simboliza a natureza selvagem, para não dividir o reino.
Foi até um oráculo e este lhe informou que um de seus filhos iria destroná-lo. Este decidiu que engoliria todos os filhos que gerasse, pedindo a sua esposa Cibele, que entregasse seus rebentos logo após o nascimento. Neste gesto, vemos repetido o sentimento humano paterno, da disputa que seus filhos empreenderão na conquista do seu lugar ao lado da mãe, no desejo de ser o foco do amor materno.
Sua esposa no entanto, repete a história de sua mãe e entrega após o nascimento de Zeus, Júpiter, uma pedra do tamanho de um bebê, envolvido com fraldas e um manto. Saturno engoliu acreditando ser seu filho, e assim acabou por consumar o destino previsto pelo oráculo.
Júpiter foi entregue às Ninfas e aos Curêtes, que batiam suas lanças para abafar o choro do bebê. A cabra Amálteia foi sua ama de leite, sendo alimentado com mel pelas abelhas.
Saturno simboliza o medo que impele nossa imaginação a atrair a consumação do não desejado. Cada vez que construímos em nosso pensamento, imagens não desejadas, fortalecemos nosso inconsciente a produzir um momento adequado para que possamos vivenciá-las.
Chegando à idade adulta Júpiter resolve conquistar o poder. Com este intuito consultou Métis, Prudência, de quem recebeu uma droga mágica que faria seu pai vomitar os irmãos engolidos. Cibele tratou de oferecer esta bebida ao marido e trouxe de volta a vida dos seus filhos, que se uniram a Júpiter para lutarem contra o pai, e após combate feroz, venceram Saturno e os Titãs, e os expulsaram do céu.
Zeus e seus irmãos dividiram o poder, cabendo a Hades, Plutão, o inferno e o domínio sobre o subterrâneo, a Posedon, Netuno, coube o domínio sobre a terra e o mar, mas este devolveu a Júpiter o poder sobre a terra, sendo incumbido por este último a cuidar das correntes dos rios e dos fenômenos da natureza, como terremotos, maremotos, etc. A Júpiter ficou o domínio do céu e da terra e a preeminência sobre os demais deuses e sobre tudo no universo, inclusive ditar o destino dos mortais, bem como manter a lei e a ordem, julgando todos os fatos.
Saturno e Cibele tiveram vários outros filhos, dos quais destacamos: Vesta, que simboliza o fogo; Ceres, que representa a agricultura; e Juno, Hera, esposa de Júpiter, identificada como a "Grande Mãe", em cujo nome realizavam uma festa chamada Matronalia.
Zeus foi o deus que mais gerou filhos, comparado apenas ao seu irmão Netuno, ambos envolveram-se em diversos romances, sendo que Juno esposa de Zeus, estabelecia verdadeira guerra contra as amantes de seu marido, investindo sua ira contra os filhos destes romances, enquanto Anfitrite, esposa de Poseidon, fazia-se de cega perante as aventuras de seu marido.
Os artifícios utilizados por Zeus para burlar a vigilância de Juno, são interessantes e significativos. Utilizaremos alguns exemplos:
Utilizando o seu poder, Zeus se transformou na figura de Anfitrião, enquanto este comandava um exército na guerra contra os Teleboios, conseguindo assim possuir Alcmene, sua esposa, cuja fidelidade era inabalada e deste relacionamento nasceu Hércules.
Em outro momento transformou-se em um jovem touro para raptar Europa, em nuvem para seduzir Io, a sacerdotisa de Hera, em cavalo para engravidar a virgem Dia, em cisne para amar Leda, em pombo para possuir Ftia, em pastor para gerar nove filhas com Mnemósine, a Memória, para fecundar Dânae tornou-se uma chuva de ouro, e muitas outras aventuras conquistadas com artifícios parecidos.
O mito de Júpiter traz à tona a parte encontrada em nosso inconsciente, geradora de máscaras, para conquistarmos nossos objetivos ou seja, podermos realizar nossas aventuras desejando não sermos reconhecidos.
Zeus tornou-se o deus mais importante do Olimpo e o encontramos em muitos momentos usando o seu poder, ora em benefício próprio como os casos amorosos, ora em nome da lei e da ordem como no momento em que manda matar Esculápio, Asclépio, filho do Sol com Coronis, que em suas pesquisas descobriu um elixir para curar os doentes e ressuscitar os mortos, burlando a ordem sagrada de que os mortais necessitam da dor e da morte.
Este mito faz o perfil de muitos (para não dizer todos) que ocupam cargos de legislação, que julgam os atos dos outros e que burlam as regras, quando querem favorecimentos.
O adultério é uma constante nos mitos dos grandes deuses dos Olimpo. Netuno, Poseidon, foi outro mito com muitas ligações clandestinas, porém, como foi dito anteriormente, sua esposa permanecia em seu castelo no fundo do oceano, recebendo sempre festiva a chegada de seu marido após suas caravanas de aventuras, onde se relacionava com as diversas personagens femininas do reino aquático. É comum encontrarmos pessoas com este dom de trair suas companheiras ou companheiros e obter deste a cumplicidade, ou não questionar suas andanças, como se tudo não passasse de uma brincadeira ingênua.
Digno de nota, para este trabalho, é o acontecimento ao seu filho Halirrôtio, nascido do romance com Eurite, quando este, apaixonado por Alcipe, filha de Marte com Aglauro, tentou forçosamente possuí-la. Marte não conteve sua ira e matou Halirrôtio.
Diante da morte de seu filho, Netuno solicitou de Zeus o julgamento de Marte pelo seu crime. Marte, Ares, filho de Zeus e Juno, realizou sua própria defesa diante do júri composto por vários deuses e deusas, e como sua eloquência foi esplêndida, ele foi absolvido e o lugar onde foi o julgamento passou a se chamar "Areópago" em sua homenagem.
A paixão também é a marca deste deus. Marte viveu o amor mais intenso de toda a mitologia, um amor trágico, com a maravilhosa Vênus.
Antes de relatar este acontecimento, vamos conhecer a história desta deusa que encantou o Olimpo.
Quando Saturno cortou os testículos de seu pai Urano, estes ao cair no mar misturando o sêmen com as águas, fecundou Gaia gerando a Vênus, Afrodite, uma deusa lindíssima que surge numa concha e é levada ao Olimpo pelas Horas, que cuidaram de sua beleza, tratando de vestí-la com belas roupas. Ao chegar na morada dos deuses, todos correram para admirá-la. Como diz o ditado popular: "É impossível agradar a Gregos e Troianos"; a Vênus não fugiu a esta regra. A deusa da Razão, Minerva, Atena, a deusa das Artes, Diana, e a deusa do Lar, Vesta, Hestia, insatisfeitas com a presença da bela deusa que faziam os homens perderem a razão, afastava-os de seus lares e ofuscava as artes com sua beleza, foram até Júpiter solicitando que este prejudicasse a Vênus em alguma coisa, e propuseram que ela casasse com o deus mais feio do Olimpo, Vulcano, Hefesto, que era coxo e com marcas de cicatrizes no rosto, devido ter sido atirado do alto do Olimpo, por sua mãe, Juno que o gerou sozinha por raiva do amor de seu marido com a bela Atenas, por achá-lo feio demais e tendo vergonha de apresentá-lo aos outros deuses. Vulcano demorou um dia e uma noite rolando morro abaixo e foi resgatado pelos povos próximos do vulcão Vesúvio, que cuidaram de seus ferimentos e o ensinaram as artes dos metais e do fogo, tornando-se em grande artesão.
Casou-se Vênus contra sua vontade, ela que já se apaixonara pelo jovem e valente Marte. Estes se encontravam constantemente até que o Sol, Apolo, o deus que tudo via, contou a Vulcano que sua mulher o traía. Este confeccionou uma rede de ouro invisível e armou uma armadilha para os amantes. Quando foram consumar mais uma vez o adultério, Vênus e Marte ficaram aprisionados ao leito e Vulcano trouxe todos os deuses para observar a vergonha da Vênus. Ao serem libertados, Vênus esperava que Marte assumisse o seu amor e mesmo expulsos do Olimpo fossem vagar pelos cantos da terra juntos. Porém Marte frustou a deusa abandonando-a. Vênus, a deusa do Amor, transformando seu amor em ódio, rogou uma praga para que Marte se apaixonasse por todas mulheres que visse, tornando-se assim um deus constantemente apaixonado e agressivo, que tomava as mulheres a força quando estas não cediam à sua sedução. A primeira mulher que encontrou e se apaixonou foi Aurora esposa de Astreu.
Encontramos neste mito o Arquétipo do masculino e do feminino. A mulher sempre desejando ser amada mesmo diante de situações mais difíceis, enquanto o homem não consegue assumir o amor que sente, procurando afogar suas paixões se entregando a outras.
Durante o período belo deste amor, nasceram Harmonia e Cupido, Eros, que acompanhavam a Vênus, e no período mais tumultuado desta paixão nasceram Deimos, o Terror e Fobos, o Medo, que acompanhavam Marte em suas batalhas, chegando sempre a sua frente e espalhando pânico entre os moradores das cidades.
Vênus teve ainda inúmeros amores entre os quais citamos Mercúrio. Esta relação traz à tona uma combinação interessante a começar pelos nomes dos amantes: Mercúrio é Hermes o deus do conhecimento e Vênus é Afrodite, a deusa do amor. O filho deste romance recebeu o nome de Hermafrodito, somando conhecimento e amor. Sua natureza era de tranqüilidade e sabedoria, não importando-se com sentimentos relacionados aos instintos humanos. Uma ninfa do lago da Salmácida apaixonou-se por Hermafrodito que sempre se esquivava, e ela cansada de tentar prendê-lo pelo amor, foi até Zeus e pediu que usasse seu poder para uní-los. Zeus chamou Hermafrodito e ouviu suas prerrogativas, solicitando que para casar-se com a ninfa o deus deveria transformá-los em um único ser, unidos eternamente, o que foi atendido. Após esta fusão este novo ser assexuado, por ter em si mesmo as duas naturezas, masculina e feminina, foi para a Salmácida, o seu novo lar. Conta a lenda que os que se banhavam nas águas deste lago, acalmavam seus instintos sexuais, buscando o amor mais intelectual.
Nada mais significativo para explicar os diversos padrões de comportamento em relação aos instintos, as paixões e ainda o amor ao conhecimento.
MercúrioMercúrio, Hermes, filho de Zeus e sua amante Maia, possui uma história interessante. Ao nascer sua mãe o envolve em folhas de salgueiro, uma planta que tira os maus olhados tal qual a arruda conhecida por nós, e o coloca em seu berço no monte Cilene, na Arcádia. Com dois dias de vida, Mercúrio desata os nós das folhas e desce do berço para aventurar-se pelo mundo. Quando passa pelos campos onde estava o gado de Admeto, resolve roubá-lo e amarra galhos no rabo dos animais para apagarem as pegadas, levando-os para uma gruta. Um senhor que estava na estrada foi testemunha deste roubo e Mercúrio o persuadiu oferecendo uma novilha. Ao terminar de esconder o gado encontrou uma espécie de tartaruga, e após se alimentar com sua carne aproveitou o casco construindo uma lira, usando as tripas como cordas. Após esta façanha voltou para o seu berço, atando-se novamente com o salgueiro.
O Sol que tudo vê, responsável por cuidar do gado de Admeto devido uma punição por ter se unido numa batalha contra o soberano dos céus, descobriu o roubo e foi até Júpiter para solicitar que seu filho Mercúrio devolvesse os animais. Júpiter ficou surpreso com a façanha de seu filho tão novo, e só não duvidou por se tratar de uma denúncia do deus da Verdade. Chamou a mãe do menino deus que tratou de defendê-lo alegando a impossibilidade do feito por estar seu filho dormindo calmamente no berço. Zeus foi obrigado a pedir a presença do menino que tratou de enrolá-los com o seu dom de oratória, alegando inclusive que até sabia onde estava os animais, pois ficou curioso vendo-os passar, e pegando sua lira desconversou tocando melodias para os deuses ali presentes. Zeus ficou maravilhado com o seu filho e ofereceu-lhe o caduceu, dando-lhe a honra de cuidar das ciências e o chapéu e botas aladas, para que se tornasse o mensageiro dos deuses, podendo descer aos infernos e ir aos céus, sem ser contaminado pelas influências de onde passasse. O deus da verdade também encantou-se por Mercúrio e ofereceu trocar a lira pelos animais, recebendo assim também o comando sobre os animais domésticos.
Este é o perfil dos que utilizam a lábia e a esperteza para conseguirem suas coisas, acabando por conquistarem a admiração dos outros.
PlutãoPlutão, Hades, é o deus do inferno. Seu mito é menos romântico e ligado aos sentimentos mais instintivos dos homens, suas transformações, dores e a morte. Com a divisão dos reinos, Plutão foi para o seu domínio do subterrâneo, do inferno e de tudo que se passa escondido, inclusive os pesadelos e as culpas que pesam a consciência dos seres mortais, e só saiu de lá duas vezes. Uma para pedir a Júpiter que lhe desse sua filha Perséfone, Prosérpina, em casamento, recebendo a resposta de que sua mãe é que haveria de ser ouvida, e chamou Deméter, Ceres, esta afirmou que necessitava de sua filha para a fecundação das plantas. Plutão não se deu por vencido e aproveitando o momento em que Perséfone estava na Sicília colhendo flores, raptou-a utilizando o seu manto de invisibilidade. Quando Deméter percebeu o desaparecimento de sua filha, procurou Júpiter que consultou ao deus que tudo via, o Sol, que lhe informou do ato de Plutão. Deméter então prometeu provocar a escassez de alimentos até que sua filha voltasse, mas só aceitaria sua volta se esta não houvesse consumido alimentos no reino dos infernos. Mercúrio, o mensageiro dos deuses, foi chamado para descer ao reino de Hades e convencê-lo de devolver Perséfone. Mas já era tarde, ela tinha comido um grão de romã, ficando presa eternamente no subterrâneo. Mercúrio conseguiu convencer Plutão a dividir sua amada com a sua mãe e esta a aceitar sua filha. Perséfone passou então a freqüentar o reino dos infernos durante o outono e inverno, a ajudar sua mãe durante a primavera e brilhar no Olimpo durante o verão.
Plutão comandava vários outros deuses menores que o ajudavam nos trabalhos do seu reino. As Hárpias eram deusas que pertubavam a mente dos criminosos e confundiam a mente dos sábios e videntes para que eles não vissem o futuro real. Hipnos, o Sono, filho de Nix, a Noite, e Érebo, as trevas do inferno, irmão gêmeo de Tânatos, a Morte, tinha incontáveis filhos chamados Sonhos, dos quais se destacavam Morfeu, que tomava a forma de todas as criaturas, Ícelo, conhecido como "o terrificante" e Fântaso que imitava todos os corpos inanimados.
Este mito nos fala dos sentimentos humanos relacionados a morte, aos pesadelos, as tormentas, as culpas e etc. A existência de um destino que os sábios e videntes não podem descobrir em sua totalidade, para permanecer a sensação de que o nosso futuro é construído pelas nossa ações. Da sexualidade, que depois de experimentada, mesmo uma porção tão pequena quanto um grão de romã, nos prende ao desejo de aprofundarmos cada vez mais nas sensações descobertas. De como os desejos mais profundos de nosso ser nos capturam e nos conduzem a atos duros, quando nos é negado o que queremos.
Do amor de Júpiter com Latona, Letó, nasceram dois filhos gêmeos, o Sol, Apolo ou Hélios e a Lua, Diana ou Artêmis. Este foi o parto mais difícil que já se relatou no Olimpo. Juno, irada por mais um romance de seu marido, mandou que sua filha Ilítia, deusa do parto, não comparecesse ao nascimento dos filhos de Latona, e esta agonizou por nove dias e nove noites, sendo cuidada por todas as deusas, menos Juno e Ilítia, até que Íris ofereceu um longo colar de ouro e âmbar, que a deusa do parto aceitou e assistiu Latona, permitindo o nascimento da Lua, que assistindo o parto de seu irmão, pediu ao seu pai que nunca tivesse filhos e este aceitou o pedido dando-lhe a obrigação de zelar pela fecundidade dos seres humanos, animais e vegetais. Sua lenda também é associada com Seleme, que passeava com seu carro dourado puxada por cavalos brancos atraindo vários amantes, sendo mais conhecido o romance com o pastor Endimião com o qual teve cinqüenta filhas, associando-se assim a deusa da fecundidade. Desta forma identificamos a Lua controlando o ciclo menstrual feminino de 28 dias, e a sua utilização na agricultura, bem como médicos homeopatas que utilizam a tábua das marés, influenciada pela Lua, para calcular o momento do parto de suas pacientes e a conhecida importância da Lua no crescimento dos cabelos.
O Sol, Hélios ou Apolo, tinha em volta da cabeça raios de luz em vez de cabelos, e percorria o céu num carro de fogo puxado por cavalos velocíssimos chamados Aêton, Éoo, Flêgon e Piroís, associados com a luz e as chamas. Sua viagem eterna do oriente para o ocidente só foi interrompida uma vez, devido seu filho Faêton pedir-lhe para guiar os cavalos acabando por quase incendiar a terra, quando assustou-se ao aproximar-se dos animais do Zodíaco. Todas as noites, após se banhar no oceano e recuperar as forças de seus cavalos, retornava ao oriente dentro de seu carro que servia de nau. Devido sua fama de ver tudo que se passava, recebeu o título de deus da verdade. Muitos templos foram erguidos em seu nome, sendo mais famoso o "Oráculo de Delphos", onde jovens virgens chamadas Pitonisas, nome derivado de um dos nomes do Sol, Píton, atendiam a população. Um oráculo era como nos dias atuais, a consulta ao Tarô, ao I Ching, as Runas, ou a outro método de acesso ao inconsciente, a diferença é que os oráculos ficavam dentro dos templos religiosos. Este oráculo se tornou famoso devido ao filósofo grego Sócrates que caminhou até a cidade de Delphos para perguntar ao oráculo quem era o homem mais sábio do mundo, pois gostaria de conversar com ele. "És tu Sócrates", foi a resposta obtida. Sócrates saiu do templo achando que fora vítima de brincadeira, porém, por toda a sua vida, buscou de cidade em cidade encontrar um homem sábio, e deparava-se com pessoas comuns, consideradas sábias por moradores daquelas cidades. Próximo ao fim de sua vida, Sócrates começou a duvidar se o oráculo não lhe teria dito a verdade. Lembrou-se então da inscrição contida no portal do templo de Delphos: Conhece-te a ti mesmo... e conhecerás o universo e os Deuses. Este mito influenciou nossas igrejas até pouco tempo, simbolizado pelo galo colocado em cima do telhado. Galinteo era um companheiro de Apolo em suas viagens, indo sempre a frente anunciando sua aproximação. Foi transformado num galo por Zeus, eternizando-o por seus serviços de anunciar a chegada do deus da verdade. Ao colocar o galo nos telhados das igrejas se desejava dizer: "aqui se anuncia a verdade".

Perseu e Medusa

De acordo com o estudioso alexandrino Apolodoro, Perseu, o lendário fundador de Micenas, nunca teria nascido se seu avô tivesse conseguido seu intento. Acrísio, rei de Argos, era pai de uma linda filha, Dânae, mas estava desapontado por não ter um filho. Quando consultou o oráculo sobre a ausência de um herdeiro homem, recebeu a informação que não geraria um filho, mas com o passar do tempo teria um neto, cujo destino era matar o avô. Acrísio tomou medidas extremas para fugir deste destino. Trancou Dânae no topo de uma torre de bronze, e lá permaneceu numa total reclusão até o dia em que foi visitada por Zeus na forma de uma chuva de ouro; assim deu à luz a Perseu. Acrísio ficou furioso, mas ainda achava que seu destino poderia ser evitado. Fez seu carpinteiro construir uma grande arca, dentro da qual Dânae foi forçada a entrar com seu bebê, sendo levados para o mar. Entretanto, conseguiram sobreviver às ondas, e após uma cansativa jornada a arca foi jogada nas praias de Sérifo, uma das ilhas das Ciclades. Dânae e Perseu foram encontrados e cuidados por um honesto pescador, Dictis, irmão do menos escrupuloso rei de Sérifo, Polidectes.
Com o passar do tempo, Polidectes apaixonou-se por Dânae, mas enquanto crescia Perseu protegeu ciumentamente sua mãe dos indesejados avanços do rei. Um dia, durante um banquete, Polidectes perguntou a seus convidados que presente cada um estava preparado a oferecer-lhe. Todos os outros prometeram cavalos, mas Perseu ofereceu-se a trazer a cabeça da górgone. Quando Polidectes o fez cumprir sua palavra, Perseu foi forçado a honrar sua oferta. As górgones eram em número de três, monstruosas criaturas aladas com cabelos de serpentes; duas eram imortais mas a terceira, Medusa, era mortal e assim potencialmente vulnerável; a dificuldade era que qualquer um que a olhasse se transformaria em pedra. Felizmente, Hermes veio em sua ajuda, e mostrou a Perseu o caminho das Gréias, três velhas irmãs que compartilhavam um olho e um dente entre si. Instruído por Hermes, Perseu conseguiu se apoderar do olho e do dente, recusando-se a devolvê-los até que as Gréias mostrassem o caminho até as Ninfas, que lhe forneceriam os equipamentos que necessitava para lidar com Medusa. As Ninfas prestimosamente forneceram uma capa de escuridão que permitiria a Perseu pegar a Medusa de surpresa, botas aladas para facilitar sua fuga e uma bolsa especial para colocar a cabeça imediatamente após a ter decepado. Hermes sacou uma faca em forma de foice, e assim Perseu seguiu completamente equipado para encontrar Medusa. Com a ajuda de Atena, que segurou um espelho de bronze no qual podia ver a imagem da górgone, ao invés de olhar diretamente para sua terrível face, conseguiu finalmente despachá-la. Acomodando a cabeça de modo seguro na sua bolsa, retornou rapidamente a Sérifo, auxiliado por suas botas aladas.
Ao sobrevoar a costa da Etiópia, Perseu viu abaixo uma linda princesa atada numa rocha. Esta era Andrômeda, cuja fútil mãe Cassiopéia tinha incorrido na ira de Posídon ao espalhar que era mais bonita do que as filhas do deus do mar Nereu. Para puni-la, Posídon enviou um monstro marinho para devastar o reino; apenas poderia ser parado se recebesse a oferenda da filha da rainha, Andrômeda, que foi assim colocada na orla marítima para esperar o terrível destino. Perseu apaixonou-se imediatamente, matou o monstro marinho e libertou a princesa. Os pais dela, em júbilo, ofereceram Andrômeda como esposa a Perseu, e os dois seguiram na jornada para Sérifo. Polidectes não acreditava que Perseu pudesse retornar, e deve ter sido bastante gratificante para Perseu observar o tirano ficar lentamente petrificado sob o olhar da cabeça da górgone. Perseu deu então a cabeça a Atena, que a fixou como um emblema no centro de seu protetor peitoral.
Perseu, Dânae e Andrômeda seguiram então juntos para Argos, onde esperavam se reconciliar com o velho rei Acrísio. Mas quando Acrísio soube desta vinda, fugiu da presença ameaçadora de seu neto, indo para a Tessália, onde, não conhecendo um ao outro, Acrísio e Perseu acabaram se encontrando nos jogos fúnebres do rei de Larissa. Aqui a previsão do oráculo que Acrísio temia se realizou, pois Perseu atirou um disco, o qual se desviou do curso e atingiu Acrísio enquanto estava entre os espectadores, matando-o instantaneamente.
Perseu com sensibilidade decidiu que não seria muito popular voltar a Argos e reivindicar o trono de Acrísio logo após tê-lo morto; assim, ao invés, fez uma troca de reinos com seu primo Megapentes. Megapentes se dirigiu a Argos enquanto Perseu governou Tirinto, onde é considerado como responsável pelas fortificações de Midéia e Micenas.

domingo, 28 de outubro de 2007

Mitologia Persa

Características
A principal coletânea da mitologia persa é o Shahnameh de Ferdowsi, escrito mil anos atrás. A obra de Ferdowsi tem por base as histórias e personagens do Zoroastrismo e do Masdeísmo, não apenas o Avesta, mas também o Bundahishn e o Denkard.
A mitologia persa é ao mesmo tempo muito próxima e diferente da mitologia hindu. Elas são próximas, porque os iranianos são um povo indo-europeu cuja língua tem grande semelhança com o sânscrito e foram um povo que estabeleceu constantes relações com os arianos da Índia. E são diferentes, pois a religião dos antigos persas adquiriu um aspecto mais moral que mitológico.
Contexto religioso
Os personagens da mitologia persa podem, em sua maioria, ser classificados em dois tipos: os bons e os maus. Isso espelha o antigo conflito baseado no conceito do zoroastrismo da dupla origem em Ahura Mazda (em avéstico, ou Ormuzd em persa tardio). Spenta Mainyu é a fonte da luz, da fertilidade e das energias construtivas, enquanto Angra Mainyu (ou Ahriman em persa) é a fonte da escuridão, da destruição, da esterilidade e da morte.
Ormuzd é o mestre e criador do mundo. Ele é soberano, onisciente, deus da ordem. O Sol é seu olho, o céu suas vestes bordadas de estrelas. Atar, o relâmpago, é seu cílio. Apô, as águas, são suas esposas. Ahura Mazda é o criador de outras sete divindades supremas, os Amesha Spenta, que reinam, cada um, sobre uma parte da criação e que parecem ser desdobramentos de Ahura Mazda.
Sob Ahura Mazda e os seis Amesha Spenta a mitologia persa coloca, como divindades benéficas: "Mitra", o mestre do espaço livre; Tistrya, o deus das trovoadas; Verethraghna, o deus da vitória; ela admitia, além disso, um grande número de deuses do mesmo elemento, os Izeds.
Assim como Ahura Mazda estava cercado por seis Amesha Spenta e de outras divindades, Angra Mainyu (Ahriman) — o deus malfazejo que invade a criação para perturbar a ordem e que é concebido como uma serpente — é acompanhado de seis demônios procedentes das trevas cósmicas e de um grande número de outras divindades malignas.
Além disso, Angra Mainyu, epítome do mal no Zoroastrismo, perdeu sua identidade zoroastrista e masdeísta original na posterior literatura persa sendo finalmente descrito como um Dev. Representações religiosas de Angra Mainyu posteriores a conquista islâmica mostram-no como um gigante com o corpo manchado e dois chifres.
Os Devs (avéstico, persa: div), significando celestial ou radiante são muito comuns na mitologia persa. Estes seres eram adorados no Zoroastrismo anterior à difusão do Masdeísmo na Pérsia e, como nas religiões védicas, os adeptos do zoroastrismo consideravam os devs seres sagrados. Somente após a reforma religiosa de Zaratustra o termo dev foi associado com demônios. Mesmo assim os Persas que habitavam a região ao sul do Mar Cáspio continuaram a adorar os devs e resistiram à pressão para aceitar o Zoroastrismo e as lendas em torno dos devs sobreviveram até os dias atuais. Por exemplo, a lenda do Dev-e Sepid (Dev branco) de Mazandaran.
Mitos
O mito mais importante da religião persa é o da disputa entre Ahura Mazda e Ahriman que consiste na luta de dois tipos de seres divinos. Esta luta nos aparece sob uma dupla forma: a material e a espiritual. No caso da luta material, Ahriman quer invadir o céu, mas é repelido para o inferno; na luta espiritual ou mística, Ahriman, princípio da obscuridade, da desordem, do mal, é repelido por Ormuzd, deus da luz, da ordem e do bem. No primeiro caso, a arma de Ormuzd é Atar, o relâmpago; no segundo caso, a piedade ou a oração, personificada sob o nome Vohu Mano.
A personagem mais importante nos épicos persas é Rostam. Sua contraparte é Zahhak, um símbolo do despotismo que foi finalmente derrotado por Kaveh que liderou um levante popular contra ele. Zahhak era protegido por duas serpentes que cresciam de seus ombros e não importava quantas vezes elas fossem decapitadas suas cabeças cresciam novamente para protegê-lo. A serpente, como em muitas outras mitologias orientais, representava o mal, mas aparecem muitos outros animais na mitologia persa; os pássaros, em especial, eram sinal de boa sorte. Os mais famosos deles são Simorgh, um grande pássaro bonito e poderoso, Homa, o pássaro real da vitória cujas plumas adornavam as coroas e Samandar, a fênix.
Peri (avéstico: Pairika), considerada uma mulher bonita, porém má na mitologia mais antiga, tornou-se gradualmente menos má e mais bonita até transformar-se em um símbolo de beleza no período islâmico similar aos houri — espécie de anjos — do Paraíso. Entretanto uma outra mulher má, Patiareh, atualmente simboliza a prostituição.
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sábado, 27 de outubro de 2007

MITOLOGIA EGÍPCIA

MITOLOGIA EGÍPCIA
Egiptologia é o estudo da antiga civilização egípcia e, para alguns egiptólogos, a adoração ao Sol revela uma tendência ao monoteísmo - crença em um deus único, o oposto de politeísmo.
RÁ - AMON - AMON-RÁ - ATON - PTÁ
KHEPRA ou KHEPRI (ESCARAVELHO)
HÓRUS - O DEUS FALCÃO
THOT - HOMEM COM CABEÇA DE ÍBIS

GEBO deus da Terra. A terra casa-se com o céu (Nut) e tem quatro filhos: Osíris, Set, Néftis e Ísis.
NUMO oceano sem praias, cujas ondas iam estourar na imensidão das trevas. Do fundo das águas, emergiu uma ilhota minúscula, de onde surgiu um ovo, de superfície lisa e perfeita.
NUTA deusa do Céu. Seu imenso corpo é repleto de estrelas e forma a abóbada celeste. Às vezes, os egípcios representam o Céu sob a forma de uma vaca. Casada com Geb, contra a vontade do pai Rá, foi amaldiçoada à esterilidade eterna. Mas, a astuta Nut, pede ao deus da sabedoria Thot, que acrescente cinco dias ao calendário egípcio, que nessa época tinha 360 dias. Assim, escondida do pai, Nut teve quatro filhos: Osíris, Set, Néftis e Ísis.
CHUO ar é quem sustenta o ventre de Nut.
AMANTIO mundo subterrâneo, com suas "12 portas da noite", cada uma representa o passar de uma hora.

HÁTHOR - DEUSA DO AMOR
"Senhora do céu", "alma das árvores", ama-de-leite de Hórus, a vaca Hátor aparece com freqüência nos mitos. É uma deusa benevolente, adorada em várias regiões, principalmente em seu templo de Dendera. Vaca tranqüila que geralmente personifica o olho de Rá, amamentou Hórus quando nasceu. Uma vaca que usava um disco solar e duas plumas entre os chifres representava Hathor, deusa do céu e das mulheres, nutriz do deus Hórus e do faraó, patrona do amor, da alegria, da dança e da música, mas também das necrópoles. Seu centro de culto era a cidade de Dendera, mas havia templos dessa divindade por toda parte. Também era representada por uma mulher usando na cabeça o disco solar entre chifres de vaca, ou uma mulher com cabeça de vaca.


SEKHMET - A LEOA SANGUINÁRIAUma divindade sanguinária, com corpo de mulher e cabeça de leão, encimada pelo disco solar, representava a deusa Sekhmet que, por sua vez, simbolizava os poderes destrutivos do Sol. Embora fosse uma leoa sanguinária, também operava curas e tinha um frágil corpo de moça. Era a deusa cruel da guerra e das batalhas, comanda os mensageiros da morte e é responsável pelas epidemias, tanto causando como curando as epidemias. Essa divindade feroz e poderosa era adorada, temida e venerada em várias regiões, sobretudo na cidade de Mênfis. São feitas oferendas de cerveja a esta deusa, a fim de acalmá-la. Sua juba — dizem os textos — era cheia de chamas, sua espinha dorsal tinha a cor do sangue, seu rosto brilhava como o sol... o deserto ficava envolto em poeira, quando sua cauda o varria...
BASTET - DEUSA GATADeusa de cabeça de gato, doce e bondosa, cujo templo mais conhecido ergue-se em Bubástis (seu centro de culto), cujo nome em egípcio — Per Bast — significa “a casa de Bastet”. No Egito, o gato foi venerado como um animal delicado e útil, o favorito da deusa Bastet - a protetora dos lares, das mães e das crianças.
No Antigo Egito, o gato doméstico, trazido do sul ou do oeste por volta do ano de 2.100 a.C., é considerado um ser divino, de tal ordem que, se um deles morrer de morte natural, as pessoas da casa raspam as sobrancelhas em sinal de luto.
No santuário de Bastet, em Bubástis, foram encontrados milhares de gatos mumificados, assim como inúmeras efígies de bronze que provam a veneração a esse animal. Em seu templo naquela cidade a deusa-gata era adorada desde o Antigo Império e suas efígies eram bastante numerosas, existindo, hoje, muitos exemplares delas pelo mundo.
Quando os reis líbios da XXII dinastia fizeram de Bubástis sua capital, por volta de 944 a.C., o culto da deusa tornou-se particularmente desenvolvido.
O gato é um símbolo que assumiu múltiplos significados entre as diferentes civilizações, na simbologia. Segundo uma tradição celta, ele teria nove vidas. Posteriormente, durante a Idade Média, o gato passou a ter apenas sete vidas. Animal misterioso associado aos poderes da lua, ao mundo da magia e às bruxas, os machos pretos eram a personificação do diabo.
Na Cabala e no budismo o gato representa a sabedoria, a prudência e a vivacidade. A tradição popular japonesa aponta-o como um animal que atrai má sorte.
NECBETA deusa abutre que reina sobre o Alto Egito, e a Uadite, uma cobra fêmea que domina o delta, são imagens que estão sobre a coroa sagrada do faraó.
CONSUDeus da Lua, esse mago de grande reputação é cultuado em várias regiões. Os tebanos vêem nele o filho de Amon-Rá. Sua cabeça de falcão é coroado pelo disco lunar.
SOBEQUE - CROCODILOSobeque, domina Ombo e a região do Faium. Na cidade de Crocodilópolis, é considerado o senhor do Universo, associando-se ao Sol (algumas divindades tornaram-se solares sem nenhuma justificativa em sua personalidade de origem, é o caso do deus crocodilo Sobeque). Um crocodilo (inimigo de morte dos camponeses) ou um homem com cabeça de crocodilo representavam o deus Sebek, uma divindade aliada do implacável deus Seth. Seu centro de culto era Crocodilópolis, na região do Faium, onde o animal era protegido, nutrido e domesticado. Um homem ferido ou morto por um crocodilo era considerado privilegiado. A adoração desse animal foi sobretudo importante durante o Médio Império.

ANÚBIS - CHACAL
Deus com cabeça de chacal (um dos cães selvagens que então eram comuns no Egito), que domina a arte secreta de impedir que os corpos apodreçam. O “Senhor das necrópoles”, como é chamado muitas vezes, encarrega-se de velar os túmulos e introduzir no outro mundo as almas dos defuntos. Sua cor negra, é uma promessa de renascimento. Foi ele quem reconstitui o corpo de Osíris, embalsama-o e envolve-o em bandagens, nas quais Ísis inscreve fórmulas mágicas. Anúbis é quem acompanha Osíris e Thot, numa conquista ao vasto mundo.

Cães sagrados eram dedicados a Anúbis. O chacal, animal que tem o hábito de desenterrar ossos, paradoxalmente representava para os egípcios o deus Anúbis, justamente a divindade considerada a guarda fiel dos túmulos e patrono do embalsamamento. No reino dos mortos, na forma de um homem com cabeça de chacal, ele era o juiz que, após uma série de provas por que passava o defunto, dizia se este era justo e merecia ser bem recebido no além túmulo ou se, ao contrário, seria devorado por um terrível monstro. Anúbis tinha seu centro de culto em Cinópolis.

OSÍRIS
Primeiro filho de Nut e Geb, tem uma pele escura e grande estatura. Rá deixa o seu trono suntuoso do Egito para Osíris, que desposa a sua irmã Ísis. E deste palácio em Tebas, eles governam os egípcios. Em suas mãos, Osíris, leva o cetro e o enxota-moscas, insígnias da realeza. Ele é considerado o deus do mundo vegetal, e suas cores são a preta, que representa o renascimento, e o verde, que representa a fecundidade e a vegetação. O trigo, a vinha, a cevada, foram uma dádiva de Osíris para a população, pois, ele indicou aos homens, as plantas que serviam para a sua subsistência.
Osíris organiza a religião, regulamenta o culto e edifica numerosos templos no Egito. Percorre o mundo, numa conquista pacífica e proveitosa, acompanhado de Thot e de Anúbis. É denominado Unenefer, "a boa entidade". Osíris, é morto e esquartejado em 14 pedaços, por seu invejoso irmão Set. Depois de muito tempo e um longo trabalho de Ísis, ajudada por Néftis, Thot e Anúbis, o deus assassinado, desperta para uma nova vida, porém jamais voltará à vida terrestre, segue as ordens de Rá, que ele se tornará o senhor do reino dos mortos. Depois de morrer, Osíris vai morar no Sol.
Em cada cidade onde é venerado, supera um deus já existente ou assume as funções desse deus. Assim, em Mênfis é associado a Socáris, deus local dos mundos subterrâneos, e torna-se deus dos mortos. O culto a Osíris chega a ofuscar o culto ao Sol, a partir do final da V Dinastia, passa-se a acreditar que o faraó morto transforma-se em Osíris. No Médio Império, essa crença estende-se a todos os defuntos, qualquer que seja a sua origem.

SETH
Segundo filho de Nut e Geb, é um deus ruivo, que se manifesta de modo inquietante como um deus vermelho, símbolo da desordem, da violência, dos trovões, das tempestades e da guerra. Reina sobre os oásis e o imenso deserto, com sua esposa e irmã Néftis, tinha seu centro de culto na cidade de Ombos. Embora inicialmente fosse um deus benéfico, com o passar do tempo tornou-se a personificação do mal. Inimigo mortal do irmão Osíris, seu único desejo é vencer e derrubá-lo de seu trono. Em uma armadilha, Osíris fica preso dentro de um caixão de madeira lacrado com chumbo derretido, que é jogado no rio Nilo. Set apossa-se do trono, e sai em perseguição aos companheiros de Osíris. Para escapar a essa fúria, Thot, Anúbis e os deuses favoráveis a Osíris, transformam-se e refugiam-se no corpo de animais.


ÍSIS
É uma grande maga, tem sabedoria tanto quanto o avô Rá, é ambiciosa e astuta. O único conhecimento que lhe falta é o verdadeiro nome de Rá. Ela planejou um esquema contra Rá, onde uma serpente com seu poderoso veneno causou um mal que atormentava o seu corpo. Ninguém conseguia curar o poderoso deus, até que Ísis diz que saberia como livrar-lhe do mal, mas para isso, ela precisaria saber o seu verdadeiro nome. Conseguiu salvá-lo desse encantamento com palavras mágicas, e conseguiu descobrir o que queria, adquirindo assim poderes, onde transformou-se mais tarde, numa das maiores divindades.
Para os egípcios, o nome próprio não é apenas um rótulo associado ao indivíduo, tem um significado muitas vezes religioso e chega mesmo a possuir um poder mágico. Ao saber o nome de uma pessoa, tem-se poder sobre ela. Essa crença no valor do nome encontra-se no código penal egípcio. Assim, é possível castigar um delinqüente reduzindo seu nome, ou até mesmo, para imprimir maior severidade, suprimindo-o. Nesse caso, o criminoso perde junto com seu nome, toda esperança de vida após a morte.
A deusa Ísis foi objeto de uma admiração fervorosa pelas multidões. Mostra-se mãe dedicada e compassiva, uma maga protetora das crianças, esposa fiel (mesmo depois da morte do marido), e também sensível às tristezas humanas, sendo capaz de compartilhá-las. Segundo a mitologia egípcia, a história de Ísis começa quando ela e seu irmão e marido Osíris, vivem entre os homens, reinando sobre todo o Egito, com grande sabedoria. O irmão Set, mata e esquarteja Osíris. Pouco depois da morte de Osíris, Ísis tem um filho, Hórus, destinado a proteger o Egito Antigo como deus supremo, o grande deus do Sol nascente.
Ísis sai então pelo Egito, juntando os pedaços do irmão morto, até que reconstitui seu corpo. A deusa faz muitos encantamentos, pronuncia palavras sagradas, dispõe amuletos sobre a múmia, e finalmente Ísis e Néftis agitam suas grandes asas sobre o corpo inanimado, onde os olhos de Osíris abrem-se. O deus assassinado desperta para uma nova vida, porém, jamais voltará à vida terrestre, segue as ordens de Rá. Depois de morrer, Osíris vai morar no Sol, e Ísis na Lua, dai adivindo a crença de que as chuvas torrenciais, que caem por influência lunar, são na realidade o pranto de Ísis por seu irmão e amante. Ísis é a deusa egípcia da natureza, que traz as cheias do rio Nilo, após as quais a terra se torna mais fértil. (O Templo de Ísis, fica na ilha de Agilka).

TOURO ÁPIS
Funerais suntuosos eram feitos regularmente em Mênfis, quando morria o touro Ápis "alma magnífica" de Ptá, que depois renascia em outro touro sagrado. O pêlo do Ápis é branco, com manchas negras na testa, na espinha dorsal e no pescoço. Boi sagrado que os antigos egípcios consideravam como a expressão mais completa da divindade sob a forma animal e que encarnava, ao mesmo tempo, os deuses Osíris e Ptá. O culto do boi Ápis, em Mênfis, existia desde a I dinastia pelo menos. Também em Heliópolis e Hermópolis este animal era venerado desde tempos remotos. Antiga divindade agrária, simbolizava a força vital da natureza e sua força geradora.


KNUM (CARNEIRO)
O carneiro, animal considerado excepcionalmente prolífico pelos egípcios, simbolizava um dos deuses relacionados com a criação. Segundo a lenda, o deus Knum, um homem com cabeça de carneiro, era quem modelava, em seu torno de oleiro, os corpos dos deuses e, também, dos homens e mulheres, pois plasmava em sua roda todas as crianças ainda por nascer.
Seu centro de culto era a cidade de Elefantina, junto à primeira catarata do rio Nilo. Um dos velhos deuses cósmicos, é descrito como autor das coisas que são, origem das coisas criadas, pai dos pais e mãe das mães. Sua esposa era Heqet, deusa com cabeça de rã, também associada à criação e ao nascimento.


TAUERET ou TUERIS (HIPOPÓTAMO)
O hipopótamo incorpora Taueret, protetora das grávidas. Tueris era a deusa-hipopótamo que protegia as mulheres grávidas e os nascimentos. Ela assegurava fertilidade e partos sem perigo. Adorada em Tebas, é representada em inúmeras estátuas e estatuetas sob os traços de um hipopótamo fêmea erguido, com patas de leão, de mamas pendentes e costas terminadas por uma espécie de cauda de crocodilo. Além de amparar as crianças, Tueris também protegia qualquer pessoa de más influências durante o sono.


APÓPIS e UADITE (SERPENTE)
A serpente é às vezes "boa" - Uadite, e às vezes "má" - Apópis. Uma ameaçadora e gigantesca serpente, um monstro de 450 côvados, que ataca o Sol toda manhã e todo entardecer. Às vezes quando os dois se defrontam, o imenso corpo de Apópis esconde o grande Rá, nesse momento, o Sol para de brilhar, e os homens assistem a um eclipse. As serpentes que habitavam o além-túmulo são descritas no chamado Livro de Him no Inferno, uma obra que narra a viagem do deus-Sol pelo reino das sombras durante a noite. Nessa jornada, enquanto visitava o reino dos mortos, a divindade lutava contra vários demônios que tentavam impedir sua passagem. As serpentes estavam entre os adversários mais perigosos e o demônio líder de todos eles era a grande serpente Apófis. Buto, é uma cidade que tem lugar de destaque nos mitos egípcios, pois, é a pátria de Uadite, a deusa cobra, e fica ao lado de Chemnis, local de nascimento de Hórus.

A BATALHA DA VERDADE E DO ERRO

Não há palavras adequadas para exprimir o que a alma sente quando se encontra diante dessa presença, muito acima deste mundo (onde o véu da carne esconde, debaixo de uma máscara, as realidades vivas) e muito além do mundo do desejo e da ilusão, onde formas fantásticas e ilusórias nos enganam para que acreditemos que elas são algo muito diferente do que, na realidade, o são. Somente na Região do Pensamento Concreto, onde os arquétipos de todas as coisas unem-se no grande coro celestial, ao qual Pitágoras referiu-se como "a harmonia das esferas", encontramos a verdade revelada em toda sua beleza.
Mas, o Espírito não pode permanecer lá para sempre. Esta verdade e esta realidade - tão ardentemente desejadas por todos que foram conduzidos a esta procura por uma necessidade interna mais forte do que os laços de amizade, parentesco ou outra consideração qualquer são apenas meios para atingirmos um fim. A verdade deve ser trazida para este reino de forma física, a fim de que possa ser um valor real no trabalho do mundo. Portanto, Siegfried, o que busca a verdade, deve necessariamente deixar a rocha de Brunilda, retornar através do fogo da ilusão e reentrar no mundo material para ser provado e tentado, comprovando sua fidelidade aos juramentos de amor trocados entre ele e a recém-acordada Valquíria.
É dura a batalha que o espera. O mundo não está preparado para a verdade e, embora afirme veementemente seu desejo nessa direção, continua planejando e conspirando por todos os meios ao alcance de seu grande poder, para derrubar quem quer que traga a verdade até suas portas, pois existem poucas instituições capazes de suportar o deslumbrante brilho de sua luz.
Nem mesmo os deuses podem suportar esse brilho, como, para sua tristeza, constatou Brunilda, pois não foi ela exilada por Wotan, por ter se recusado a usar seu poder a favor do convencionalismo? E quem se insurgir contra o, convencionalismo para apoiar a verdade, verá que todo o mundo está contra si e que deve permanecer sozinho. Wotan era seu pai e jurou amá-la ternamente. Ele a amava a seu modo, mas apreciava mais o poder simbolizado por Valhal. O Anel do Credo, com o qual dominava a humanidade, era mais desejável a seus olhos do que Brunilda, o espírito da verdade, por isso ele a adormece atrás do círculo flamejante da ilusão.
Se esta é a atitude dos deuses, o que podemos esperar dos homens que não professam ideais elevados e nobres, e que os deuses, como sentinelas da religião, deveriam ter-lhes transmitido? Tudo isto e muito mais do que podemos pôr em simples palavras - sobre as quais o estudante deveria meditar - passou pela mente de Brunilda no momento de se separar de Siegfried e, para lhe dar pelo menos uma chance na batalha da vida, ela lhe magnetiza todo o corpo para torná-lo invulnerável. Todas as partes são assim protegidas, menos um ponto nas costas, entre os ombros. Aqui temos um caso análogo ao de Aquiles, cujo corpo foi tornado invulnerável, exceto num de seus calcanhares. Há um grande significado neste fato, pois, enquanto o soldado da verdade usar sua armadura, da qual nos fala Paulo, na batalha da vida, e corajosamente enfrentar seus inimigos, é certo que, não importa quão duramente seja assediado, finalmente vencerá. Enfrentando o mundo e expondo seu peito às flechas do antagonismo da calúnia e da difamação, ele demonstra que tem a coragem de suas convicções e sabe que existe um poder mais elevado que ele, o poder que está sempre trabalhando para o bem, que o protege por maior que seja a violência que enfrente. Mas, a qualquer momento, um infortúnio poderá advir se ele virar suas costas, porque, quando não estiver atento ao ataque violento dos inimigos da verdade, eles encontrarão o ponto vulnerável, esteja no calcanhar ou entre os ombros. Portanto, convém-nos e a quem ame a verdade, tirar uma lição desta maravilhosa simbologia, e compreender a responsabilidade de amar a verdade acima de tudo. Amizade, parentesco e todas as outras considerações não deveriam ter nenhuma influência sobre nós, comparadas com este grande trabalho com a verdade e pela verdade. Cristo, que era a própria incorporação da verdade, disse a Seus discípulos, "Eles me odiaram e vos odiarão".
Portanto, não nos iludamos: o caminho da integridade é uma estrada acidentada e é árduo o trabalho da subida. No caminho poderemos provavelmente perder prestígio com todos os que nos são queridos e estão perto de nós. Embora o mundo confesse admitir a liberdade de religião, os dias de perseguição ainda não acabaram. Credo e dogmatismo ainda detêm o poder, prontos para julgar e perseguir quem não seguir as linhas do convencionalismo. Enquanto os enfrentarmos e prosseguirmos em nosso caminho, apesar das críticas, a verdade sempre sairá incólume da batalha. Somente quando nos mostramos covardes é que essas forças inimigas conseguem desferir o golpe de morte através deste ponto vulnerável.
Outra consideração: quando Siegfried abandona a rocha da Valquíria para reentrar no mundo, ele dá a Brunilda o Anel do Niebelungo. Lembremo-nos que este Anel foi formado com o Ouro do Reno - o ouro representa o Espírito Universal - por Albérico, o Niebelungo. Também lembremos que ele não poderia moldar esta pepita enquanto não abjurasse do amor, pois a amizade e o amor cessavam quando o Espírito Universal era circundado pelo anel do egoísmo. Desde então, a batalha da vida foi ferozmente declarada: a luta de irmão contra irmão por causa do egoísmo, que impele cada um a procurar seu próprio interesse sem levar em conta o bem estar do outro.
Mas, quando o Espírito encontra a verdade e entra em contato com as realidades divinas; quando penetra na Região do Pensamento Concreto que é o céu, e percebe esta única grande verdade -que todas as coisas são uma - e que, embora pareçam estar separadas aqui, há um fio invisível unindo cada uma a todas; quando o Espírito tiver assim reconquistado universalidade e amor, não poderá mais ser separado. Portanto, quando entra no reino da verdade, ele abandona o sentimento de separatividade e de egocentrismo simbolizado pelo Anel, e adquire uma grandeza maior, semelhante a de Thomas Paine, quando disse: "O mundo é minha pátria; fazer o bem é minha religião." Esta atitude mental é representada alegoricamente quando Siegfried dá a Brunilda o Anel do Niebelungo.
Lembremo-nos que as Valquírias eram filhas de Wotan, o deus principal da mitologia nórdica. Cavalgavam pelo ar, à grande velocidade, para qualquer lugar onde estivessem sendo travados combates mortais, fossem entre duas ou mais pessoas. Logo que o combatente caia morto, elas o erguiam carinhosamente colocando-o em suas selas e o levavam para o Valhal, a morada dos deuses, onde era ressuscitado e viveria em paz para todo o sempre. Lembremo-nos que o nome Valquíria foi interpretado como escolhido por aclamação. Aqueles que lutavam a batalha da vida até o fim eram escolhidos, por aclamação, para serem os companheiros dos deuses.
Brunilda era a chefe destas filhas de Wotan, e seu cavalo Grane era o mais veloz dos corcéis. Este animal, que tinha tão fielmente transportado o espírito da verdade, ela o deu ao seu marido, pois a verdade é considerada a noiva daquele que a encontrou. O cavalo é o símbolo da velocidade e da decisão e quem tiver desposado a verdade está capacitado para escolher acertadamente e distinguir a verdade do erro - contanto que se conserve fiel.
Com o amor da verdade em seu coração e montando o corcel do discernimento, Siegfried parte para lutar a batalha da verdade e trazer o mundo cativo para os pés de Brunilda. Céu e Terra estão na balança, pois ele pode revolucionar o mundo se for fiel e corajoso; mas, se esquecer sua missão e ficar enredado na esfera da ilusão, a última esperança de redimir o mundo estará perdida. O crepúsculo dos deuses estará próximo quando o presente estado de coisas for desfeito, quando os céus se derreterem no calor ardente para que, da agonia da Natureza, possa nascer um Novo Céu e uma Nova Terra, onde a virtude, como um manto, envolverá tudo e todos.
Voltemos agora nossos olhos do céu, de Siegfried e de Brunilda para a Terra, onde o mundo, que a verdade vai libertar, espera pelo herói que está chegando. O mito nórdico introduz-nos na corte de Gunther, um rei honesto e justo de acordo com os padrões do mundo. Sendo solteiro, sua irmã Gutrune é a maior personagem feminina do reino. Entre os cortesãos está Hagen, um nome que significa gancho, demonstrando um egoísmo inerente. É um descendente dos Niebelungos, aparentado com Albérico que moldou o Anel fatal. Desde o dia em que perderam a posse desse Anel, os Niebelungos vigiaram de perto os seus possuidores: primeiro Wotan, que enganou AIbérico e roubou-lhe o Anel; depois Fafner e Fasolt, os gigantes que construíram Valhal para Wotan e que forçaram-no a entregar-lhes o Anel como parte do pagamento do resgate de Freya, a deusa do amor e da juventude, a quem Wotan prostituiu e vendeu por causa do poder. Quando Fafner assassinou Fasolt, os Niebelungos vigiaram de perto a caverna onde o assassino estava estendido sobre o tesouro oculto do Niebelungo, como um enorme dragão. Mime, o pai adotivo de Siegried, pagou com sua vida por tramar obter a posse do cobiçado tesouro. Nem Siegfried se encontrava a salvo da atenta: vigilância deles, a não ser quando estava na rocha da Valquíria, pois nenhum Niebelungo, nem alguém que seja vil ou covarde, pode penetrar no reino da verdade além do círculo flamejante da ilusão. Portanto, os Niebelungos não sabem o que aconteceu com o Anel quando Siegfried surge novamente no mundo, embora suponham que tenha ficado com Brunilda e, imediatamente, começam a planejar como obtê-lo.
A corte de Gunther situa-se exatamente no caminho que Siegfried percorre e Albérico apressa-se, correndo à frente, para informar Hagen que o último possuidor do Anel está chegando. Juntos, tramam como obter o anel, mas, cada um, em seu negro coração, também planeja como lograr o outro e obter o tesouro somente para si. Não há honra na batalha do eu separado, mas aqui cada um é contra todos os outros, sem levar em conta quem eles são. Embora no mundo encontremos cooperação para um objetivo comum, a pergunta principal que ainda está na mente de todos é: "O que eu posso lucrar com isto?" A não ser que haja uma recompensa clara e pessoal à vista, a maioria da humanidade reluta em trabalhar em favor dos outros. O apóstolo nos diz, "não atente cada um para o que é propriamente seu, mas também para o que é dos outros". Temos procurado estar em harmonia intelectual com o pensamento cristão, mas, quão poucos estão dispostos a cumprir com o ideal de servir altruisticamente.

O CREPÚSCULO DOS DEUSES

Quando Siegfried chega à corte de Gunther, Gutrune, a formosa irmã do rei oferece-lhe a taça mágica do esquecimento. Imediatamente ele perde a memória do passado e de Brunilda, o Espírito da Verdade, tornando-se uma alma nua, pronta para lutar a batalha da vida. Mas ele está armado com a sublime essência da experiência anterior. A espada de Nothung, a coragem do desespero, com a qual combateu a ganância e a crença simbolizadas por Fafner, o dragão, e Wotan, o deus, ainda está com ele; também está com Tarncap, ou o capacete da ilusão, que é um símbolo apropriado para o que nos tempos modernos chamamos de poder hipnótico, pois, aquele que colocasse este capacete mágico em sua cabeça apareceria aos outros em qualquer forma que desejasse. E possui ainda o cavalo de Brunilda, Grane, o discernimento, pelo qual ele próprio pode perceber a verdade e distingui-la do erro e da ilusão. Tem ainda poderes que pode usar para o bem ou para o mal, de acordo com a escolha que fizer.
Como já dissemos anteriormente, nossa idéia do que é a verdade muda à medida que progredimos. Gradativamente estamos galgando a trilha da evolução e, ao fazê-lo, fases da verdade antes nunca percebidas aparecem, e o que nos parecia correto num estágio, pode ser errado em outro. Contudo, toda vez que estamos na carne, vemos através do véu da ilusão simbolizado pela chama de Loge que circunda a rocha de Brunilda. Seu corcel Grane, o discernimento, também está conosco, e se lhe dermos rédea solta, a mente do cérebro material que está impregnada com a bebida letal do esquecimento, nunca poderá ganhar ascendência sobre o Espírito.
A primitiva Época Atlante, quando os homens viviam como inocentes "Filhos da Névoa" (Niebelungos) nas bacias nebulosas da Terra, está representada no Ouro do Reno. O último período Atlante é uma época de selvageria, onde a humanidade renega o amor, como fez Albérico, e forma o "Anel" do egoísmo, empregando suas energias para aquisições materiais simbolizadas pelo "tesouro" dos Niebelungos, pelo qual gigantes, deuses e homens lutam com brutalidade selvagem e vil astúcia, como é representado em "As Valquírias".
A primitiva Época Ária marca o nascimento do idealista, simbolizado pelos "Walsungs" (Siegmund, Sieglinda e Siegfried), uma nova raça que aspira, com sagrado ardor, algo novo e mais elevado - cavaleiros valorosos com coragem de manter suas convicções - estando sempre prontos para lutar pela verdade tal como eles a entendiam, e para dar suas vidas como penhor na defesa de suas sinceras convicções. Assim, a idade da selvageria realista deu lugar a uma era de bravura idealista.
Estamos agora na última fase da Época Ária. Os que procuravam a verdade do passado deixaram mais uma vez a rocha flamejante de Brunilda. Novamente assumimos o véu da carne e compartilhamos da bebida letal. Hoje estamos verdadeiramente participando da última parte do grande drama épico "O Crepúsculo dos Deuses", idêntico em importância ao nosso Apocalipse Cristão. "O Evangelho do Reino" nos tem sido pregado; "O Caminho, a Verdade e a Vida" nos foram abertos do mesmo modo que o foram para Siegfried. Estamos sendo provados agora, como ele o foi na corte de Gunther, para ver se viveremos como "casados com a verdade", ou se a tiraremos de seu refúgio e a prostituiremos, como fez Siegfried. Para ganhar a mão de Gutrune, ele arrebatou da mão de Brunilda o emblema do egoísmo, o Anel do Niebelungo, e colocou-o novamente em seu dedo; prendeu Gutrune e levou-a até Gunther para ser sua esposa. Ele a prostituiu e ele próprio cometeu adultério com Gutrune - pois, tendo uma vez desposado a verdade, é adultério espiritual ambicionar as honras do mundo.
Céu e Terra foram ultrajados por esta tremenda traição à verdade. O grande mundo "Ash", a árvore da vida e do ser, treme em suas raízes, onde Urd, Skuld e Verdende, o passado, o presente e o futuro tecem o fio do destino. Começa a escurecer na Terra; a lança de Hagen encontra o único ponto vulnerável do corpo de Siegfried - sua vida é o castigo, e como o mais alto ideal da época fracassou, não há razão para perpetuar a ordem das coisas existentes. Portanto, Heimdal, o guardião celestial, toca seu clarim e os deuses cavalgam pela última vez em procissão solene pela ponte do arco-íris para enfrentar os gigantes na batalha final, envolvendo a destruição do Céu e da Terra.
Este é um ponto muito significativo, pois na abertura do drama encontramos os Niebelungos "no fundo do rio". Mais tarde, Albérico molda o "Anel" em fogo, que só pode arder na atmosfera límpida como a da Época Ária. Nessa época, os deuses também celebraram suas reuniões sagradas na ponte do arco-íris, que é o reflexo do fogo celestial. Quando Noé conduziu os Semitas originais através do "Dilúvio", ele acendeu o primeiro fogo. "O arco" foi, então, colocado nas nuvens para permanecer por toda a época e, durante esse período, ficou convencionado que os ciclos alternantes, verão e inverno, dia e noite, etc., não cessariam. No Apocalipse (IV: 3), João recebeu instruções referentes às "coisas que virão", por "Alguém que tenha um arco-íris em redor de Si"; e mais tarde (X: 1) "um Anjo poderoso, com um arco-íris em sua cabeça proclamará solenemente o fim dos tempos". Está claro pelo mito nórdico e pelos ensinamentos Cristãos, que a época começou quando o arco foi colocado nas nuvens. Quando o arco for removido, a época terminará e novas condições físicas e espirituais surgirão.
O outro fenômeno acompanhando esta época conturbada é apresentado no antigo mito. Loge, o espírito da ilusão, tem três filhos: a serpente Midgaard - que rodeia a Terra mordendo sua própria cauda - é o elemento aquoso, o oceano que refrata e distorce todo objeto nele mergulhado. Os homens temem este elemento traiçoeiro; sempre empalidecem ao pensar no que pode acontecer quando revolto. O lobo Fenris - a atmosfera - também é filho da ilusão (óptica), e o pavoroso rugir da tempestade pode incutir medo no mais destemido coração. Hel - a morte - é a terceira filha de Loge e "a rainha dos terrores". Antes do homem entrar na existência concreta, como está descrito no começo do grande mito e no Gênesis, sua consciência estava focalizada nos mundos espirituais, onde os elementos ilusórios, Loge (fogo), Fenris (ar), e a Serpente (água) inexistem, portanto, a morte também era desconhecida. Mas, durante a presente época, quando a constituição do corpo humano está sujeita à ação dos elementos, a morte física é uma realidade.
Ao som da trombeta de Heimdal, todos os fatores de destruição atacam a planície de Bigrid, a contra-parte de Armageddon, onde os deuses da crença e seus defensores estavam reunidos para uma última pausa. Os filhos de Muspel (o fogo físico) vindos do sul, atacam demolindo a ponte do arco-íris. Os Gigantes de Gelo avançam vindos do norte. Com um grande rugido, Fenris, a atmosfera condutora da tempestade, lança-se sobre a Terra. Sua velocidade é tão terrível que a fricção gera fogo, pelo que se diz que sua mandíbula inferior está sobre a Terra, a superior alcança o Sol e que de suas narinas saem correntes de fogo. Engole Wotan, o deus que é responsável pela idade do ar, quando o arco estava nas nuvens. A serpente Midgaard, ou elemento aquoso, é vencida por Thor, o deus do raio e do trovão, mas quando as descargas elétricas finalmente acabarem com o elemento água, não poderá mais haver raio e trovão; daí o mito nórdico informar-nos que Thor morre pelos vapores que vêm da serpente. No nosso Apocalipse Cristão, também se fala em relâmpagos e trovões e nos é dito que, finalmente, "não haverá mais mar".
Mas, como a Fenix ressurge rejuvenescida e formosa de suas próprias cinzas, assim também uma nova Terra, visualizada pela antiga profetiza, ressurgirá da grande conflagração, mais bela e mais etérica, onde "os elementos derretem-se com o calor ardente". Ela chamou essa Terra de "Gimle", onde não faltaram habitantes, pois, enquanto a grande conflagração acontecia, um homem e
uma mulher chamados Lif e Liftharaser (lif significa vida) foram salvos, e deles surge uma nova raça que vive em paz e perto de Deus.

SIEGFRIED, O QUE BUSCA A VERDADE

Para sermos capazes de alcançar a verdade é necessário pôr de lado todas as limitações de religião, família, ambiente e qualquer outro impedimento, mas há ainda outro grande requisito, que talvez já esteja incluído no primeiro. Nós nos apegamos à nossa religião, nossos amigos e nossas famílias, por, medo de ficarmos sozinhos. Obedecemos às convenções porque tememos seguir o ditame da voz interior que nos impele às coisas mais elevadas, incompreensíveis para a maioria. Portanto, na realidade, o medo é o principal obstáculo que nos impede de chegar à verdade e vivê-la.
Isto também é mostrado no Anel do Niebelungo. Wotan sentencia que Brunilda, o espírito da verdade, seja adormecida, porque teme a perda de seu poder, caso a retenha, depois que ela rebelou-se contra as suas limitações e recusou-se a defender Hunding, o espírito do convencionalismo. Ele pronuncia sua condenação com tristeza, dizendo que ela deve dormir até que alguém mais livre do que ele, o deus, venha acordá-la. "O perfeito amor expulsa todos os medos", e apenas os destemidos são livres para amar e viver a verdade. Portanto, Brunilda é adormecida numa rocha solitária, e, ao seu redor, arde para sempre um círculo de chamas ateadas por Loge, o espírito do engano. Ninguém, a não ser os livres - as almas libertas e destemidas - pode esperar penetrar nesse círculo de ilusão (convencionalismo) e viver para amar o espírito desperto da verdade, sempre adorável e jovem.
Vemos que a segunda parte do drama místico acaba com o abandono da verdade e o triunfo do convencionalismo. O credo é firmemente estabelecido na Terra. Siegmund, o que busca a verdade, jaz vencido e morto. Sua irmã-esposa, Sieglinda, também pagou com sua vida por ter insistido na busca, e parece que Brunilda deverá dormir para sempre. Agora, os Walsungs têm apenas um representante, o órfão Siegfried, que foi deixado na caverna de Mime, o Niebelungo, pela mãe moribunda, Sieglinda.
Entretanto, a criança cresce e torna-se um jovem vigoroso com a força de um gigante. Belo como um deus, ele é um estranho contraste com Mime, o Niebelungo feio, um anão que alega ser seu pai. Siegfried mal pode acreditar nisso, pois quando olha em torno de si na floresta, observa que os passarinhos e os filhotes de todos os animais têm as mesmas características encontradas em seus pais. Somente ele é diferente daquele que o reivindica como filho.
Quando, com força prodigiosa, agarrou um urso e o levou à caverna de Mime, este quase ficou paralisado de medo, uma emoção totalmente desconhecida para Siegfried. Mime, um dos mais engenhosos ferreiros entre os Niebelungos, forjou várias espadas para o uso deste jovem gigante, mas cada uma delas foi despedaçada pelo poderoso braço que a empunhava. Mime, na verdade, tentou soldar a espada Nothung, a filha da desgraça, que foi despedaçada pela lança de Wotan na luta fatal entre Siegmund e Hunding. Os fragmentos desta espada foram trazidos por Sieglinda para a caverna de Mime, mas quem for covarde não pode forjar ou soldar a espada Nothung, a coragem do desespero, portanto, Mime, apesar de toda sua habilidade, falhou todas as vezes que tentou. Um dia, quando Siegfried zomba dele por sua inabilidade de fazer uma espada que dure, Mime pega os fragmentos de Nothung e diz-lhe que se ele puder soldá-la, ela lhe servirá perfeitamente. Possuindo aquela qualificação fundamental dos que buscam a verdade - a intrepidez - Siegfried consegue, sem experiência manual, o que Mime não conseguiu. Forja novamente a espada mágica e está preparado para a busca da verdade e do conhecimento.
Apesar de decorridos séculos desde que Albérico, o Niebelungo, foi forçado a separar-se do Anel, como resgate para os deuses, nem ele nem sua classe esqueceram o poder conferido a seu possuidor. O desejo de reaver o tesouro perdido ainda predomina entre todos eles. A humanidade, sendo inerentemente espiritual e livre, nunca se conformará com a perda da individualidade exigida pelo regime da igreja. Embora, como Mime, eles possam estar imbuídos de um medo incontrolável, ainda assim adulam e bajulam as forças superiores, como Albérico adulou Wotan. Consciente ou subconscientemente, eles sempre se lembram de sua herança espiritual e procuram recuperar suas posições como agentes livres, libertos de credos ou outras limitações.
Para este fim, planejam e conspiram com muita sutileza, como é simbolizado pelo auxílio que Mime presta a Siegfried para forjar novamente a espada que havia sido despedaçada por Wotan. Ele percebe que o jovem que procura a verdade é destemido. Sabe que Fafner, um dos gigantes que obteve o Anel dos deuses, protege seu tesouro sob a forma de um imenso dragão -que inspira pavor. Ele acredita ser impossível alguém subjugar este monstro, mas se isto puder acontecer, este destemido jovem Siegfried será o único capaz de consegui-lo. Na verdade, sabe-se que quem forjar Nothung poderá matá-lo, e Mime confia em sua astúcia e espera que se Siegfried matar o dragão, ele, Mime, poderá obter a posse do Anel do Niebelungo e tornar-se o senhor do mundo.
Há um profundo significado espiritual neste conto, isto é, a natureza inferior planejando usar o ego superior para seus vis propósitos. Siegfried (aquele que pela vitória ganha a paz) é o ego superior naquele estágio de sua peregrinação em que foi deixado completamente só, sem amigos e parentes, de onde vê que a figura de barro, simbolizada por Mime, não é parte dele, mas de uma raça e linhagem inteiramente diferentes. Está pronto para continuar sua busca da verdade empreendida em vidas anteriores, como fizeram Siegmund e Sieglinda, dos quais herdou a coragem indômita que não conhece medo nem derrota.
Mas, embora a alma que procura possa abandonar o mundo, como fez Hertzleide - a mãe de Parsifal, que deu à luz ao que procura a verdade numa floresta densa, e como Sieglinda que deu à luz Siegfried, na caverna de Mime - a natureza inferior persiste, tramando usar o poder do espírito para fins temporais. Quantos deixaram as igrejas por causa do credo, como Siegmund deixou Wotan. Quanto adquiriram um certo conhecimento das coisas superiores e depois fizeram mau uso de seus poderes celestiais, sob forma de sugestão mental e de hipnotismo para atrair para si próprios os bens deste mundo, preferindo antes procurar as coisas da Terra que escravizam, do que os tesouros do céu que libertam a alma.
Nunca houve uma época na Terra em que esta parte do grande mito tenha sido tão comumente promulgada como o é hoje. Há milhares de pessoas que representam Siegfried e Mime - Dr. Jekyl e Mr. Hyde. Eles são despertados para maiores ou menores realizações dos poderes do espírito por sua natureza e atributos divinos, como Siegfried o foi, mas a fase inferior de suas naturezas, Mime, continua planejando para benefício material.
Se chamarmos este uso dos poderes divinos de atitude cristã ou por qualquer outro nome, não falamos certamente da ciência da alma. Deveríamos ser honestos e reconhecer o fato de que Ele, que não tinha um lugar onde pousar Sua cabeça e que era a própria incorporação do atraente poder de Cristo, recusou usar esse poder para Seu próprio benefício. Mesmo na hora da morte Ele se absteve e foi dito que outros Ele salvou, mas, a Si mesmo, Ele não pôde (ou não quis) salvar, porque a Lei do sacrifício é maior do que a Lei da auto-preservação: "Pois, para que servirá ao homem ganhar o mundo todo e perder sua própria alma?"
No momento em que começamos a percorrer seriamente o caminho, a natureza inferior está condenada, apesar de todos os seus engenhosos esforços para salvar-se. Quando Mime planeja mandar Siegfried contra o dragão, Fafner, o espírito do desejo, decidiu seu próprio destino. Quando a alma vence o desejo pelas posses terrenas, ficamos mortos para o mundo, embora possamos ainda viver aqui onde realizamos nosso trabalho. Encontramo-nos no mundo, mas não pertencemos a ele.
Guiado por Mime, Siegfried encontra o Gigante Fafner guardando a caverna onde escondeu o tesouro dos Niebelungos. A natureza inferior sempre incita a natureza superior a procurar a riqueza material, almejando obter prestígio e poder na sociedade. Tudo isto é muito comum, este desejo e sede de riqueza e poder! Somos todos como Mime, prontos para arriscar nossas vidas na busca do ouro. Embora Mime estremeça só de pensar em ficar perto do terrível dragão, continua conspirando, pois sabe que quando o Ego, representado pelo Anel do Niebelungo, está tão emaranhado nas armadilhas do materialismo a ponto do corpo o possuir, e, quando todas as suas energias são dirigidas pela natureza inferior, não há limite para o poder que ele almeja alcançar. Mas Siegfried, o destemido buscador da verdade, quando venceu o dragão que representa a natureza do desejo, também matou Mime, que é o símbolo do corpo denso.
Livre do invólucro mortal, o Espírito é capaz de compreender a linguagem da Natureza. Intuitivamente, ele sente onde está oculta a verdade, representada por Brunilda, a Valquíria, e seguindo esta intuição, representada no mito por um pássaro, dirige-se para a rocha rodeada pelo fogo para despertar e cortejar a bela adormecida. Embora possamos entrar no reino onde se acha a verdade, deixando de lado o corpo denso, o caminho não está livre, pois Wotan, o sentinela do credo, estende sua lança no caminho de Siegfried, empenhando-se ao máximo para dissuadir ou desencorajar o independente buscador da verdade. Contudo, o poder do credo, representado pela lança de Wotan, ficou enfraquecido quando ele negociou com os gigantes, isto é, quando apelou para o lado inferior da natureza do homem. Como símbolo desse enfraquecimento, caracteres mágicos foram entalhados no cabo da lança, que é facilmente partida em dois pedaços ao primeiro golpe de Nothung, a coragem do desespero.
Quando o que busca a verdade atingiu o ponto aqui descrito, não mais permitirá ser frustrado em sua busca, quer as forças opostas sejam demônios como Fafner ou deuses como Wotan. Com mão impiedosa remove cada obstáculo, pois tem apenas um único desejo no mundo, o anseio invencível de conhecer a verdade. Portanto, depois de despedaçar a lança de Wotan, ele segue adiante, guiado pelo pássaro da intuição, até chegar ao círculo de chamas que esconde Brunilda, o adormecido Espírito da Verdade. Não se intimida à vista das chamas da ilusão e da alucinação de Loge. Lança-se através delas audaciosamente e vê com alegria que ali está aquela por quem tem desejado durante muitas vidas. Curva-se, segura Brunilda em seus fortes mas ternos braços, e, com um beijo ardente, acorda o Espírito da Verdade de seu longo sono.

Mitologia e Astronomia

Mitologia e Astronomia
Deuses e Semi-deuses homenageados pela Astronomia
Mitologia Greco-Romana Mitologia Celta Mitologia Indu
Mitologia Greco-Romana
Adrasteia Amaltéia Ananke Andromeda Aphrodite Apollo Ares Artemis Atlas Callisto Calypso Caronte Cassiopeia Centauro Cerberus Ceres Chiron Cronus Dactils Deimos Despina Dione Elara Enceladus Epimetheus Eros Europa Fobos Gaia Galatea Ganymedes Hades Helene Helios Hera Hermes Himalia Hiperion Iapetus Ida Io Janus Juno Júpiter Larissa Leda Luna Lysithea Marte Mercúrio Metis Mimas Naiads Nereidas Nereus Netuno Pallas Pan Pandora Pasiphae Pegasus Phaeton Phobos Phoebe Pleiades Plutão Poseidon Prometheus Proteus Réia Saturno Selene Sinope Sol Sphinx Telesto Tellus Tethys Thalassa Thebe Titans Triton Urano Venus Vesta Zeus
Adrasteia
Adrasteia, a distribuidora de recompensas e punições, era filha de Júpiter e Ananke.
Amalteia
Amaltéia era a ninfa que aleitou Júpiter, quando era criança, com leite de cabra.
Ananke
Ananke era a mãe de Adrasteia. O pai era Júpiter.
Andromeda
Andromeda era filha do rei Cepheus e da rainha Cassiopeia da Etiópia. Sua mãe, a rainha Cassiopeia, era uma mulher excessivamente presunçosa que ousou se vangloriar de que ela era ainda mais bonita do que as Nereidas, um grupo de 50 ninfas do mar de extraordinária beleza. As Nereidas ficaram tão ofendidas pela arrogância da vaidosa rainha que imploraram a Posseidon que a punisse. Em resposta ao apelo das Nereidas, Poseidon enviou o monstro do mar Cetus para devastar a Etiópia. Quando o rei Cepheus perguntou ao oráculo em Ammon o que ele devia fazer para acalmar a ira do deus, lhe foi dito que ele deveria dar sua belíssima filha virgem em sacrificio ao monstro do mar. Deste modo ele acorrentou Andromeda a um rochedo na costa do Mediterrâneo, em Jaffa, onde presentemente está a cidade de Tel Aviv, Israel, à espera da aproximação do monstro. Felizmente a vida de Andromeda foi salva por Perseus, que matou o monstro e pediu a mão de Andromeda em casamento.
Aphrodite
Apollo
Ares
Artemis
Atlas
Atlas era um Titan condenado por Zeus a sustentar os céus sobre seus ombros. Ele era filho de Iapetus e da ninfa Clymene, e era irmão de Prometheus e Epimetheus.
Callisto
Callisto era uma ninfa, adorada por Zeus e odiada por Hera. Hera transformou-a em um urso e Zeus então a colocou no céu como a constelação da Ursa Maior.
Calypso
Na mitologia grega Calipso era uma ninfa do mar que retardou Odysseus em ilha dela durante 7 anos.
Carme
Carme era a mãe de Britomartis, uma deusa cretense. O pai era Zeus.
Caronte
Caronte é o nome dado à figura (um demônio?) mitológica que transportava em uma balsa os mortos através do rio Acheron (ou rio Styx) para dentro de Hades, o inferno.
Cassiopeia
Centauro
Cerberus
Ceres
Ceres é o nome romano para a deusa grega Demeter.Para os gregos Ceres era a deusa mãe da Terra. Seduzida por Zeus ela teve uma filha dele, Persephone. Persephone cresceu alegremente entre as outras filhas de Zeus, mas sendo extremamente atraente e bela seu tio Hades se apaixonou por ela. Um dia enquanto Persephone estava colhendo flores o chão se abriu, Hades apareceu e arrastou-a para o Inferno. Persephone gritou enquanto isto acontecia mas, embora ouvindo-a gritar, quando Ceres chegou ao local não havia mais sinal de Persephone. Por nove dias e nove noites Ceres vagou pelo mundo com uma tocha acesa em ambas as mãos procurando a sua adorada filha. Somente no décimo dia ela encontrou Helios, que ve tudo, e que foi capaz de dizer a ela o que tinha realmente acontecido. Ceres então decidiu abandonar a sua condição divina até que sua filha retornasse para ela.O exilio que Ceres impos a si mesma de sua condição divina fez a Terra se tornar estéril, de modo que Zeus ordenou a Hades que devolvesse Persephone à sua mãe. Só que isto não era mais possível. Durante a sua estadia no Inferno de Hades, Persephone havia comido uma semente de romã, o que a ligava para sempre a Hades. Foi obtido então um acordo segundo o qual Ceres retornaria ao Monte Olimpus e Persephone dividiria o ano em duas partes: metade com a sua mãee a outra metade no Inferno. Esta é a razão pela qual quando Persephone deixa o Inferno para estar com a sua mãe a Terra floresce, trazendo a Primavera e o Verão aos mortais como um sinal da alegria de ambas as divindades. Quando chega o momento de Persephone deixar sua mãe para ir ao Inferno, o Outono e o Inverno cobrem a Terra em sinal de profunda tristeza. Ceres também era a deusa Siciliana das sementes, dos cereais.A introdução do culto a Ceres em Roma data de 496 A.C. e parece provir do cerco da cidade pelos Etruscos, enquanto Roma era ameaçada pela fome.
Chiron
seu nome tem origem no sábio Centauro da mitologia grega que foi professor particular de heróis como Hércules e Achilles. Este ser, meio-homem e meio-cavalo, ensinou a eles vários assuntos, inclusive equitação. Chiron também é lembrado por sacrificar a sua imortalidade para libertar Prometheus da rocha onde estava acorrentado como castigo por ter desafiado os deuses dando às raça humana o poder do fogo.
Cronus
Dactils
Este nome provém de Dactyli, um grupo de seres mitológicos que viviam no Monte Ida. Os Dactyli protegeram Zeus, quando ele era criança, da ninfa Ida, escondendo e criando o deus nesta montanha. Outros escritos mitológicos dizem que os Dactyli eram filhos de Ida com Zeus.
Deimos
Na mitologia grega, Deimos é um dos filhos de Ares (Marte) e Afrodite (Venus). Deimos é uma palavra grega que quer dizer "pânico"
Despina
Despina era uma ninfa, filha de Poseidon (Netuno) e Demeter (Ceres).
Dione
Na mitologia grega Dione era mãe de Afrodite (Venus). O pai era Zeus (Júpiter).
Elara
Elara era a mãe do gigante Tityus. O pai era Zeus (Júpiter).
Enceladus
Na mitologia grega Enceladus foi um Titan que foi derrotado em batalha e enterrado debaixo do monte Etna (um vulcão) por Athena.
Epimetheus
Epimetheus era o filho de Iapetus e irmão de Prometheus e Atlas. Ele era marido de Pandora. "Epimetheus" é uma palavra grega que significa "compreensão tardia do que devia ter sido feito"
Eros
Europa
Europa era uma princesa fenícia sequestrada por Zeus para a ilha de Creta. Para realizar isto Zeus assumiu a forma de um touro branco. Europa teve com Zeus um filho, Mimos.
Fobos
Na mitologia grega, Fobos é um dos filhos de Ares (Marte) e Afrodite (Venus). "Phobos" é a palavra grega que significa "medo" e serviu de raiz para a palavra "fobia".
Gaia
Galatea
Galatea era uma Nereida Siciliana amada pelo Ciclope Polyphemus. Ela não é relacionada com a virgem que era originalmente uma estátua esculpida por Pygmalion e que foi trazida à vida por Aphrodite.
Ganimedes
Ganymede era um garoto Troiano de grande beleza que Zeus levou para ser copeiro dos deuses.
Hades
Helene
Helene é o nome de uma Amazona que lutou com Achilles.
Helios
O Sol é personificado em várias mitologias: os gregos o chamavam de Helios e os romanos o chamavam de Sol.Sendo deus do Sol. Helios era imaginado passear em uma carruagem puxada por cavalos através do céu, trazendo luz para a Terra. A jornada do Sol, naturalmente, começava no leste e terminava no oeste, local onde Helios completava sua ronda diária e flutuava de volta para o seu palácio no leste em uma taça dourada. Detalhes desta descrição do papel de Helios como o deus Sol aparecem na mitologia, literatura, poesia e arte. De acordo com o poeta grego Hesiodo, Helios era o filho de dois Titãs - Theia e Hyperion. Na Teogonia de Hesiodo, por conseguinte, Helios era também o irmão de Eos (a deusa da alvorada) e Selene (a deusa da Lua). É interessante notar que a deusa da alvorada, Eos, começa o cortejo da manhã, seguida atentamente pelo seu irmão Helios.Existem vários mitos nos quais Helios toma parte. Um dos mais memóráveis entre estes contos é a lenda de Phaethon. O Sol também aparece na triste história da infortunada ninfa Clytie. Entretanto, Helios é, na melhor das hipóteses, um tipo de espião celestial, de quem não muita coisa pode ser mantida em segredo. No Hino a Demeter feito por Homero, a deusa Demeter pede a Helios ajuda para localizar sua filha Persephone. Do mesmo modo, é o deus Sol que primeiro nota o caso amoroso que está ocorrendo entre os deuses Olimpicos Aphrodite e Ares, na Odisséia.Helios também era o pai de alguns importantes personagens mitológicos. Com sua esposa, a Oceanid Perseis, Helios teve tres filhos lendários - Circe, Pasiphae e Aeetes. É bom lembrar que o casal teve vários outros filhos menos ilustres. O deus também teve numerosos relacionamentos com mulheres que resultaram no nascimento de descendentes. A já mencionada Phaethon, por exemplo, era o produto de uma destas uniões. Estes "filhos do Sol" foram, algumas vezes, citados como Heliades na mitologia e literatura.
Hera
Hermes
Himalia
Himalia era uma ninfa que pariu tres filhos de Zeus (Júpiter).
Hiperion
Na mitologia grega Hyperion era um Titan, filho de Gaea e Urano e pai de Helios.
Iapetus
Na mitologia grega Iapetus era um Titan, filho de Urano, pai de Prometheus e Atlas e um predecessor da raça humana.
Ida
Ida era uma ninfa que educou Zeus (Júpiter) quando era criança. Ida é também o nome de uma montanha na ilha de Creta, local de um santuário clássico e da caverna onde é dito que Zeus foi educado.
Io
Io era uma virgem que foi amada por Zeus (Júpiter) e transformada em uma novilha em uma vã tentativa de esconde-la da ciumenta Hera.
Janus
Janus era o deus dos portões e portas. Ele era representado por uma figura com duas faces olhando em direções opostas. Seu nome é o radical da palavra inglesa "January" que significa Janeiro (o mes que "olha" para os dois anos, o que passou e o novo ano).
Juno
Júpiter
Larissa
Larissa era a filha de Pelasgus.
Leda
Leda foi rainha de Esparta e mãe de Pollux e de Helena de Tróia. O pai era Zeus que tomou a forma de um cisne para concebe-los.
Luna
Luna era o nome dado pelos romanos. Os gregos chamavam de Selene e Artemis. Possui muitos outros nomes em outras mitologias.
Lysithea
Lysithea era uma filha de Oceanus e uma das amantes de Zeus.
Marte
Marte era o nome do deus grego Ares. Ele era o deus da guerra. O planeta marte provavelmente recebeu este nome devido à sua cor vermelha. Lembre-se que Marte às veezs é chamado de "planeta vermelho". Interessante é que o deus romano Marte era o deus da agricultura antes de se tornar associado com o deus grego Ares. Aqueles em favor de colonizar e transfromar Marte em uma nova Terra podem preferir este simbolismo. Na lingua inglesa Marte tem o nome de "Mars", o que deu origem ao nome do mes "March" (março).
Mercúrio
Na mitologia romana Mercúrio é o deus do comércio, das viagens e do furto (?), a contraparte romana do deus grego Hermes, o mensageiro dos deuses. O planeta Mercúrio provavelmente recebeu este nome porque se move muito rapidamente através do céu.
Metis
Metis era uma Titanesa que foi a primeira esposa de Zeus (Júpiter).
Mimas
Mimas era um dos Titãs mortos por Hércules.
Naiads
As Naiads eram as ninfas que viviam e governavam os riachos, as fontes e as nascentes.
Nereida
Nereida é qualquer uma das ninfas do mar, as 50 filhas de Nereus e Doris.
Nereus
Netuno
Na mitologia romana Netuno (Poseidon, na mitologia grega) era o deus do mar.
Pallas
Pan
Pan era o deus das florestas, campos e rebanhos, tendo torso e cabeça humanos e pernas, chifres e orelhas de bode.
Pandora
Na mitologia grega Pandora foi a primeira mulher dada como uma oferenda à humanidade por Zeus como uma punição pelo roubo do fogo feito por Prometheus. Foi confiada a ela uma caixa contendo todas as adversidades que poderiam afligir as pessoas. Ela abriu a caixa por curiosidade e, consequentemente, libertou todos os males da vida humana. Ela era mulher de Epimetheus.
Pasiphae
Pasiphae era a esposa de Minos. Ela era a mãe do Minotauro. O pai era um touro branco.
Pegasus
Phaeton
Phobos
Phoebe
Phoebe é a filha de Uranus e Gaia, sendo, portanto, avó de Apollo e Artemis.
Pleiades
Plutão
Na mitologia romana, Plutão (em grego, Hades) é o deus do inferno. O planeta Plutão recebeu este nome, após várias sugestões, porque por estar tão longe do Sol ele fica em perpétua escuridão. Alguns dizem que ele recebeu este nome porque "PL" são as iniciais do nome do descobridor do planeta, Percival Lowell.
Poseidon
Prometheus
Prometheus era um Titã que roubou o fogo do Olimpo e o deu à humanidade. Zeus o puniu de modo horrível. Ele era filho de Iapetus, irmão de Atlas e Epimetheus. "Prometheus" é uma palavra grega que quer dizer "previsão, precaução".
Proteus
Proteus era um deus do mar que podia mudar sua figura à vontade.
Réia
Na mitologia grega Réia era a irmã e esposa de Cronus (Saturno) e a mãe de Demeter, Hades (Plutão), Hera, Hestia, Poseidon (Netuno) e Zeus (Júpiter).
Saturno
Na mitologia romana, Saturno é o deus da agricultura. O deus grego associado, Cronus, era filho de Uranus e Gaia e o pai de Zeus (Júpiter). Saturno é o radical da palavra inglesa "Saturday" que significa sábado.
Selene
Sinope
Sinope era uma mulher que dizem ter sido cortejada por Zeus sem sucesso!
Sol
O Sol é personificado em várias mitologias. Os gregos o chamavam de Helios e os romanos o chamavam de Sol.
Sphynx
Telesto
Na mitologia grega Telesto era uma filha de Oceanus e Tethys.
Tellus
Na mitologia romana Tellus - o solo fértil - era a deusa da Terra. Na mitologia grega era Gaia -"terra mater", que quer dizer "terra mãe". Existem centenas de outros nomes para o nosso planeta em várias linguas. O nome do nosso planeta Terra na lingua inglesa, "Earth", é o único nome de planeta que não tem origem na mitologia greco-romana. O nome provém do alemão e ingles antigos.
Tethys
Na mitologia grega Tethys era uma Titanesa e deusa do mar. Ela era tanto irmã como esposa de Oceanus.
Thalassa
Thalassa era uma filha de Aether e Hemera. "Thalassa" é também a palavra grega para "mar".
Thebe
Thebe era uma ninfa, filha do deus dos rios Asopus.
Titan
Na mitologia grega os Titãs eram uma família de gigantes, os filhos de Uranus e Gaia, que pretenderam dominar os céus mas foram derrotados e erradicados pela família de Zeus.
Tritão
Na mitologia grega Tritão é um deus do mar, filho de Poseidon (Netuno). Usualmente ele é retratado como tendo a cabeça e o tronco de um homem e o rabo de um peixe.
Urano
Venus
Para os gregos Afrodite e para os babilonios Ishtar, esta era a deusa do amor e da beleza. O planeta Venus, provavelmente, tem este nome porque ele é o mais brilhante dos planetas, sendo conhecido deste tempos pré-históricos pelos povos antigos. Aliás, Venus é, excetuando o Sol, o objeto mais brilhante no céu. Com algumas poucas excessões, os aspectos de superfície sobre Venus receberam nomes de figuras femininas.
Vesta
Zeus
Bons sites sobre mitologia Greco-Romana
Mythographyum site, simples mas bem feito, sobre mitologia grega, romana e celtica (em INGLES)
The Encyclopedia Mythicaum site com informações sobre mitologias de várias partes do mundo, lendas, etc. (em INGLES)
Mitologia Celta
Toutatis
Toutatis
Toutatis era um deus Celta, protetor desta tribo na antiga Gália.
Mitologia Indu
Varuna
Varuna
Varuna é a mais velha das divindades vedicas (Hindus). Ele é o construtor e mantenedor do céu e da terra.